Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
Newsletter
Clique aqui para se registar na newsletter.
Clique aqui para sair da newsletter.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
A 1 de Março de 1893, o naufrágio do vapor «Gomes VII»
O naufrágio do vapor “Gomes VII” é um dos episódios mais dramáticos da navegação na barra do Douro no final do século XIX, ilustrando os perigos da foz desse rio, notórias pela sua força e imprevisibilidade, bem como pelos inúmeros rochedos e baixios que apresentava a quem queria aportar àquela cidade.
O “Gomes VII” foi construído em 1877 pelos estaleiros Hall, Russell & Co. Ltd. de Aberdeen, sob o nome “Banchory”, para a J. & A. Davidson, também de Aberdeen, sob a qual serviu até ser vendido, em 1884, à Davidson Steam Shipping Co. Ltd. Com 576 toneladas de arqueação bruta, o navio media 53,2 metros de comprimento, 7,9 metros de boca e 4,4 metros de pontal, sendo propulsionado por um motor compósito a vapor.
![]() |
Município da Murtosa vai apoiar a construção de dois novos barcos moliceiros tradicionais
No âmbito da estratégia estabelecida pelo Município da Murtosa, de apoiar tecnicamente os particulares e instituições do concelho no trato burocrático de licenciamento de novos barcos moliceiros, teve lugar, nos Paços do Município,a assinatura formal dos protocolos de colaboração entre a autarquia, representada pelo Presidente da Câmara Municipal, Joaquim Baptista, e os construtores José Caravela Vieira (Rito) e Domingos Campos (Mole), para a construção de duas novas embarcações tradicionais.
Pelos presentes protocolos, o Município da Murtosa, para além de instruir os pedidos de licenciamento, com toda a documentação necessária, junto da DGRM, vai acompanhar todo o processo de construção dos moliceiros, apoiando logisticamente a realização dos testes finais de estabilidade.
![]() |
VIAJANDO PELA HISTÓRIA
Sabe como é que o sal de Setúbal ficou conhecido pelo mundo?
O comércio do sal no estuário do Sado data de 1274. Desde meados do século XIV que a sua comercialização e exportação tem sido uma atividade com assinalável importância económica e social em Setúbal.
Lembramos aqui o despacho que, a 24 de outubro de 1511, foi promulgado para proteger o sal setubalense.
![]() |
OS «NAVIOS VOADORES»
Quando Lisboa tinha dois aeroportos
Os ilustres 22 passageiros e 11 tripulantes deste “navio voador”, tiveram até direito a receção especial no Hotel Aviz. Esta unidade hoteleira, em conjunto com a Sociedade de Propaganda de Portugal - muito internacionalmente promotora do Touring Português - lançou uma espécie de concurso para premiar a melhor das companhias que, dali em diante, realizariam a ponte aérea entre Nova Iorque e Lisboa, via Açores, uma epopeia que então demorava 24 horas e custava para cima de um dinheirão.
O Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo só seria concluído em 1943 – um ano após o Aeroporto da Portela. Em conjunto, substituíram o primitivo Campo Internacional de Aterragem de Alverca.
![]() |
Projecto-piloto faz levantamento do património do complexo industrial de Sines
O Conselho das Comunidades de Sines (COMSINES) vai avançar, este ano, com um projecto-piloto que visa o levantamento de todo o inventário do património daquela área industrial, num investimento estimado em 119 mil euros.
O projecto resulta de um protocolo estabelecido entre a COMSINES e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, por um período de sete anos. A iniciativa tem em conta “o valor inquestionável” do Complexo Industrial, Portuário e Logístico de Sines, “no plano nacional e internacional”, constituindo-se como “uma infra-estrutura indispensável ao País”, explicou.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
No dia 22 de Fevereiro, o abalroamento do «Santona»
O “Santona” era um navio a vapor britânico, construído em 1872 pelo estaleiro Denton, Gray & Co., de West Hartlepool, na região de Sunderland, Inglaterra.
Com 880 toneladas de arqueação bruta, o “Santona” tinha 62,5 metros de comprimento e 8,8 metros de boca, com um calado estimado em cerca de 4,5 metros, típico de navios de carga desta dimensão. Construído inteiramente em ferro, o que lhe conferia maior durabilidade e resistência em comparação com os tradicionais navios de madeira, o “Santona” representava um avanço significativo na engenharia naval. Era propulsionado por um motor a vapor composto, fabricado pela Richardson T. & Sons, também de West Hartlepool, com uma potência de 90 cavalos.
![]() |
Nos Açores nasce projecto para revitalizar a tradição baleeira das ilhas
Entre a Futurismo, empresa açoreana dedicada ao turismo de natureza, com enfoque especial para a observação de baleias; o Clube Naval de Ponta Delgada e o mestre construtor naval, João Tavares, natural da Ilha do Pico, deu-se a melhor das alianças em nome da tradição baleeira açoreana.
Honrando a tradição da construção dos botes baleeiros, o Mestre João Tavares utilizou os materiais e as técnicas originais para a construção do primeiro de dois botes baleeiros, que resultam de um investimento feito pela empresa Futurismo, com o objetivo de recuperar, valorizar e dar mais visibilidade na Ilha de São Miguel, a esta herança cultural açoreana. A Futurismo, prosseguindo os seus objetivos “de criar valor e trazer prosperidade aos Açores e aos Açorianos”, “contribuindo decisivamente para a qualificação e valorização do turismo nos Açores” *, quer ir mais longe, com a criação de um espaço museológico em Ponta Delgada dedicado a este património.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
O ciclone de de 15 de Fevereiro de 1941 no rio Sado
Na madrugada de 15 de fevereiro de 1941, Portugal foi assolado por um dos mais violentos ciclones da sua história moderna. Com ventos que ultrapassaram os 130 km/h, e rajadas que em algumas zonas atingiram 150 km/h, a tempestade varreu o país de norte a sul, deixando um rastro de destruição sem precedentes.
A sua origem no Atlântico Norte e a rápida intensificação tornaram o fenómeno inesperado e devastador, apanhando a população de surpresa. À medida que a tempestade avançava, os ventos tornavam-se mais intensos, arrancando telhados, derrubando árvores, destruindo infraestruturas e lançando embarcações à deriva, transformando o país num verdadeiro cenário de caos.
![]() |
TERTÚLIA NÁUTICA ESTA QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO, NO COMM
Memórias de Reparações Navais no Estaleiro da Margueira | NT «King Agamemnon»
O Prof. Doutor Engenheiro Francisco Jorge Gomes Lopes vai estar, a 27 de Fevereiro, no auditório da sede do Clube de Oficiais da Marinha Mercante para detalhar a reparação e reconstrução do navio tanque “ King Agamemnon “ feita na Lisnave Margueira .
Este trabalho da indústria naval feito em Portugal representa bem o elevado estado da arte que Portugal atingiu a nível mundial.
Falar destes tempos áureos é, segundo a organização do evento, "lembrar e divulgar a história Marítima nacional, para o conhecimento das novas gerações, as do século XXI".
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
Dia 8 de Fevereiro de 1924, o naufrágio do vapor britânico «Mora», ao norte do cabo de São Vicente.
No dia 8 de Fevereiro de 1924, o Mora, sob o comando do Capitão J. W. Worthington, encontrava-se numa viagem de transporte de carvão, com origem em Manchester, escala em Roterdão e destino final para Savona, Itália.
Ao aproximar-se da costa portuguesa, próximo ao cabo de São Vicente, foi apanhado por uma violenta tempestade, caracterizada por ventos fortes vindos de oeste, mar agitado e uma neblina densa, condições que provocaram o encalhe do navio em formações rochosas traiçoeiras.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
No dia 5 de Fevereiro de 1859 o naufrágio do vapor «Ignez de Castro» na praia sul de Peniche
O “Ignez de Castro” foi um navio a vapor misto de carga e passageiros, construído em 1854 pelo estaleiro Scott & Sons, Greenock, na Escócia, para a Glasgow & Lisbon Steam Ship Co.
A 25 de Outubro de 1854, estava concluído e pronto para operar. Com 40,1 metros de comprimento, 5,3 metros de boca, possuía um deslocamento de 178 toneladas brutas. Equipado com um motor a vapor de 60 cavalos nominais e um único hélice, o navio oferecia uma maior eficiência e manobrabilidade, em comparação com os tradicionais vapores de rodas.
![]() |
8 DE FEVEREIRO
Navio-escola Sagres, da Marinha, celebra 63 anos com a Bandeira Portuguesa
Foi no dia 8 de fevereiro de 1962 que o NRP Sagres içou, pela primeira vez, a Bandeira Portuguesa. Faz este sábado 63 anos. O momento teve lugar, à época, no Rio de Janeiro, na sequência do processo de aquisição ao Brasil.
São 63 anos a cumprir a missão de Escola de Mar dos futuros oficiais da Marinha e a contribuir para a Política Externa Portuguesa, de onde se destaca “o mundo de expressão portuguesa”; “o acompanhamento e a valorização das comunidades portuguesas” e a “internacionalização da economia”.
A primeira viagem efectuada com Bandeira Portuguesa realizou-se entre o Rio de Janeiro e Lisboa, de 25 abril a 23 junho de 1962, com escalas em Recife (Brasil), Mindelo (Cabo Verde) e Funchal.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
Neste dia 1 de Fevereiro de 1856, e de 1857, os naufrágios das escunas «Mary» em Lagos
A história marítima é repleta de dificuldades no que toca à identificação precisa de navios naufragados, especialmente quando se trata de embarcações mercantes britânicas dos séculos XVII a XIX. Durante este período, era comum batizar navios com nomes genéricos e repetitivos, o que complica enormemente a tarefa de historiadores e investigadores que tentam reconstruir naufrágios e rotas comerciais.
Entre os nomes mais frequentes na marinha mercante britânica, encontramos “Elizabeth”, “Ann”, “James”, “Hope”, “Friendship” e “Mary”. O nome “Mary”, em particular, e as suas variadas declinações, é um verdadeiro pesadelo para quem estuda os naufrágios do Atlântico, pois inúmeras embarcações receberam essa designação ao longo dos séculos.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
Neste dia de 29 de Janeiro, o naufrágio da fragata l´Astrée, em 1796
A última viagem da fragata francesa “l´Astrée” tinha começado a 1 de Janeiro de 1796, em Guadalupe, nas Antilhas Francesas, onde tinha embarcado um carregamento de café e de açúcar, destinado aos mercados da metrópole.
Quase um mês depois, ao largo dos Açores, os estragos causados pelos vermes xilófagos das águas quentes das Caraíbas faziam-se sentir através das infiltrações de água salgada que, a cada momento, faziam subir o nível da água no interior da embarcação.
A bordo, os 180 marinheiros, passageiros e soldados de marinha estavam desesperados. Com efeito, há já vários dias e noites que as 5 bombas do navio mal conseguiam esgotar a água, que não cessava de subir nos porões.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
Neste dia 25 de Janeiro, o naufrágio da escuna britânica «Leander», na barra de Portimão
A escuna britânica” Leander” tinha 155 toneladas de porte, pertencia ao porto de Dartmouth e navegava de Cartagena, em Espanha, para Newcastle, no Reino Unido com 2500 quintais de chumbo em lingotes.
No dia 25 de Janeiro de 1849, a “Leander” chegou ao largo de Portimão, onde pretendia fazer escala, para carregar cortiça.
Como era costume, pediu um piloto local, pelo que o Patrão-mor da Vila Nova de Portimão embarcou na sua catraia e se dirigiu até à escuna, que pairava ao largo da barra. Quando chegou ao navio britânico, averiguou quantos pés de água aquele demandava, com aquela carga toda, e deixou a bordo um prático. Depois, foi até ao banco de areia que convinha evitar na barra, para o sinalizar, e fez sinal ao prático para por a escuna dentro do rio Arade.
![]() |
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DO PORTO DE AVEIRO
Desapareceu a tabuleta
Segundo averiguações a placa informativa ainda se encontrava no local pelas 11h da noite como comprovou o cantoneiro n.º 2, Joaquim Barbosa. Foi identificado como suspeito do furto o grupo que passou no local durante a noite vindo da Taberna do Forte da Barra: Manuel José Pinho reis, casado, banheiro e residente no Farol; Manuel Gandarinho, casado, Padeiro, residente na freguesia da Gafanha da Nazaré e João Casqueira, solteiro, padeiro, residente na Gafanha do Carmo.
![]() |
Revela arqueólogo Alexandre Monteiro
Cerca de 250 navios com tesouros nas águas territoriais portuguesas
Alexandre Monteiro elaborou uma base de dados que identificou 8.620 naufrágios nas águas portuguesas, desde 1500. Desse total, cerca de 250 navios devem conter tesouros perdidos.
Cerca de 250 navios com tesouros encontram-se naufragados nas águas dos arquipélagos dos Açores e Madeira e na costa continental portuguesa, disse à Lusa o arqueólogo subaquático Alexandre Monteiro, que mapeou os navios afundados nestas regiões. Segundo o investigador do Instituto História, Territórios e Comunidades, da Universidade Nova de Lisboa, que há 25 anos mergulha e estuda os achados subaquáticos, a base de dados que elaborou identificou 8.620 naufrágios neste território marítimo.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
O naufrágio do brigue francês «Adele» na praia da Areosa, Viana de Castelo (1871)
No final do século XIX, e no contexto da colonização da Argélia, o porto de Annaba - então conhecido como Bona - desempenhava um papel crucial para a França. A sua importância derivava, sobretudo, da sua posição estratégica no Mediterrâneo e da sua contribuição económica para a metrópole francesa.
Annaba era um ponto-chave para a exportação de recursos naturais argelinos, essenciais para a crescente industrialização francesa, especialmente o minério de ferro, extraído das minas do interior, particularmente da região de Tebessa, que era transportado até ao porto de Annaba para ser enviado para a França.
![]() |
VÍDEO RTP
Reserva Natural do Estuário do Sado | 1984
Documentário sobre a Reserva Natural do Estuário do Sado, separada do mar pela Península de Troia. Área protegida de grande diversidade paisagística, muito rica em fauna e flora, é ainda suporte de algumas atividades agro-pastoris e piscatórias, e um abrigo priveligiado para espécies ameaçadas.
![]() |
Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
«Ouranos» encalhado na praia da Arrifana, a 15 de Janeiro de 1974
A 15 de Janeiro de 1974, o “Ouranos” encalhou na praia da Arrifana, quando transportava uma carga de produtos químicos altamente poluentes. Poderia ter tido o azar de centenas de navios, que terminaram os seus dias no barlavento algarvio, nomeadamente no trecho de costa compreendido entre o cabo Sardão e Sagres, mas não foi isso que aconteceu.
O “Ouranos” foi desencalhado e ganhou uma nova vida. Nesse mesmo ano, foi adquirido pela empresa Antioka Shipping Co. S.A., sob controlo português, sendo registado sob bandeira do Panamá, com o nome “Parati”.