Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
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Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
Neste dia 19 de Março, o naufrágio de uma corveta do Brasil
A praia da Samarra, situada na costa ocidental de Portugal, no concelho de Sintra, é uma pequena enseada isolada, encaixada entre falésias escarpadas. Mas a sua beleza natural esconde um mar traiçoeiro, caracterizado por correntes fortes e fundos rochosos, que historicamente representaram um desafio à navegação. Durante séculos, a região foi palco de inúmeros naufrágios, devido à falta de pontos de referência costeiros, aos frequentes nevoeiros e à força da ondulação, tornando-se um local de grande interesse para o estudo da história marítima portuguesa.
Em 1786, a praia da Samarra foi cenário do naufrágio da corveta portuguesa “Nossa Senhora do Carmo, São José e Almas,” que partira de Pernambuco rumo a Lisboa, transportando uma carga valiosa composta por açúcar, cochinilha, café, couros, algodão e pau-brasil.
Com efeito, ao aproximar-se da costa portuguesa, no dia 19 de Março de 1786, esta embarcação encontrou condições marítimas adversas, naufragando às cinco da tarde.
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A 27 DE MARÇO, NA SEDE DO COMM
Tertúlia Náutica dedicada à Recuperação e Conservação de Embarcações Históricas
O Clube de Oficiais da Marinha Mercante anuncia que o Contra-Almirante Victor Gonçalves de Brito vai ser o orador da tertúlia a decorrer no auditório da sede do COMM no dia 27 de março.
Tema: a Recuperação e Conservação de Embarcações Históricas.
Pretende-se que a iniciativa constitua um contributo para a difusão da cultura marítima em Portugal.
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Os baleeiros das Lajes do Pico: uma odisseia rumo ao futuro
É um legado com mais de um século, que um dos três municípios de uma das ilhas mais fotografadas do Atlântico não quer permitir que se perca no meio do oceano. A Câmara Municipal das Lajes do Pico está a preparar uma candidatura para a classificação dos botes baleeiros açorianos a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Com isso, segundo Ana Brum, presidente da autarquia, procura-se criar “um plano de salvaguarda a dez anos” para “manter o património baleeiro e o gosto pela sua história”. Peça-chave de todo o processo, Filipe Fernandes, um dos mais categorizados oficiais de botes baleeiros açorianos, sublinha, porém, que a candidatura “não é sobre a baleação”. “Isso acabou. É sobre os botes baleeiros, as suas regatas. Isso existia antes e vamos procurar que continue a existir nos anos vindouros.”
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Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
A 15 de Março, o afundamento do «Dago»
O “Dago” era um navio a vapor britânico, construído em 1902, na cidade de Dundee, Escócia, pelos estaleiros Caledon Shipbuilding & Engineering, Co. Ltd.
Encomendado pela Wilson Line, um dos grandes nomes da navegação britânica, o navio foi inicialmente registado no porto de Hull, Inglaterra, em nome de Wilson, Sons & Co. Ltd.
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Profissões, Artes, Cargos e Ofícios de Lisboa na Época Moderna (Séculos XV-XIX)
O Tanoeiro
A era da expansão ultramarina elevou a profissão de tanoeiro a importante peça na engrenagem da epopeia marítima. A obra de tanoaria transformou-se no meio de cálculo da arqueação dos navios de grande porte “[…] as maiores naus da Índia, pelos finais do século XVI e princípio do século XVII, deveriam andar pelos 17-18 rumos de quilha, correspondendo a c. de 600 tonéis de arqueação […] uma nau ou galeão dizia-se que eram de 500 tonéis por poderem efetivamente transportar 500 tonéis no espaço considerado, que era todo aquele que estava abaixo do convés. […] Para o cálculo final da arqueação considerava-se que os espaços vazios eram preenchidos com pipas, correspondendo cada duas a um tonel”.
A preparação de uma armada envolvia grandes contingentes de oficiais mecânicos, como carpinteiros, calafates e também os tanoeiros. Estes integravam as armadas para executar, sempre que necessário, pipas, barricas e barris, e eram também os responsáveis pelos recipientes usados para a conservação das mercadorias e dos víveres levados a bordo (água, vinho, azeite, biscoito, etc.).
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Profissões, Artes, Ofícios Mecânicos, Cargos e Tipos Sociais em Lisboa na Época Moderna:
O Barqueiro
A ligação ribeirinha de Lisboa ao Tejo tem sido uma constante na história da cidade. Esta relação foi assegurada por barqueiros que se destacaram por dinamizar o comércio interno. Utilizavam as suas embarcações para suprir as necessidades diárias de abastecimento da cidade, sobretudo no transporte fluvial de pessoas e bens de consumo, essenciais ao quotidiano da população.
Num tempo em que o transporte terrestre era mais oneroso, demorado e dificultado pelos reduzidos acessos viários, aliado aos constantes perigos de roubos e emboscadas, o transporte fluvial e a navegabilidade nos cursos de água facilitavam o tráfego interno. O barqueiro garantia a conexão entre as vias terrestres, fluviais e marítimas, constituindo-se como um verdadeiro intermediário no abastecimento entre a cidade e o campo.
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VISITA GUIADA COM JORGE GASPAR | RTP
Antigos Portos Fluviais do Baixo Tejo
A partir da história da navegação no rio Trancão e passando pela antiga Vala Real de Salvaterra de Magos, o geógrafo Jorge Gaspar explica-nos como os afluentes do Baixo Tejo serviram, durante séculos, para alimentar Lisboa.
O decano Jorge Gaspar guia-nos ainda por algumas das mais emocionantes histórias dos grandes rios da Europa, defendendo que foram as navegações fluviais que construíram a identidade do território que se estende do Cabo da Roca aos Urais.
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Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
Neste dia de 5 de Março, um presidente americano na Madeira
Em dezembro de 1857, Franklin Pierce, 14.º presidente dos Estados Unidos entre 1853 e 1857, conseguiu assegurar passagem para si e para a sua esposa numa embarcação da Marinha dos Estados Unidos com destino à ilha portuguesa da Madeira. O seu amigo Clarence March tinha um tio que servia como cônsul dos Estados Unidos na ilha, e este ofereceu-se para alojar o ex-presidente e a sua mulher. Assim, os Pierce ficaram hospedados na espaçosa residência de Howard March durante os seis meses seguintes.
No Funchal, Franklin Pierce aproveitou o clima ameno da Madeira para recuperar energias e explorar a ilha. Participou em eventos sociais, conheceu figuras locais e apreciou a beleza natural da região, desfrutando de um período de relativa tranquilidade.
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VIAJANDO PELA HISTÓRIA
Conhece a história do Clube Naval Setubalense?
O Porto de Setúbal é uma referência histórica nos desportos náuticos. Quão bem conhece a história do Clube Naval Setubalense?
Fique a par de alguns factos sobre o Clube que celebrou o centenário em 2020.
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VIAGEM PELA HISTÓRIA
Quando o Tejo era a via rápida para Lisboa
Antes da existência do caminho-de-ferro e dos transportes rodoviários motorizados, os barcos eram o meio mais utilizado para transportar as mercadorias do interior centro do país para a capital e vice-versa e o Tejo a via mais rápida e mais segura, apesar das contingências meteorológicas, que por vezes pregavam as suas partidas.
O porto de Abrantes era antigamente conhecido por Porto das Barças, designação que abrangia, na margem norte, uma faixa junto às Barreiras do Tejo e, na margem sul, uma outra faixa estreita mas profunda, junto ao atual Rossio ao Sul do Tejo, conhecida por porto das Barças de Além, denominação muito antiga que já aparece num documento de finais do século XIV Há notícia de que, na primeira dinastia, Abrantes já era abastecida com produtos transportados nos barcos como o sal, ferro, armas e mantimentos vários, tendo até o rei D. Fernando determinado que os mareantes do Tejo ficassem livres de quaisquer encargos fiscais.
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Por Artur Manuel Pires
O Almirante descalço
Apesar de não existir nada que nos possa assegurar que o Père Louis de La Trinité tenha entrado no Céu sem sapatos, podemos, no entanto, estar seguros de que morreu descalço.
Georges Thierry D’Argenlieu nasceu em Brest, em sete de setembro de 1889, no seio de uma família burguesa com ligações marítimas, e fortemente apaixonado pelo mar, ingressa aos dezassete anos na Escola Naval, em outubro de 1906. Em 1911, já se encontra a navegar, e pouco depois participa numa das inúmeras campanhas de Marrocos, que vão atenuar a monotonia que se vive no império colonial francês, neste caso particular no Norte de África.
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Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
A 1 de Março de 1893, o naufrágio do vapor «Gomes VII»
O naufrágio do vapor “Gomes VII” é um dos episódios mais dramáticos da navegação na barra do Douro no final do século XIX, ilustrando os perigos da foz desse rio, notórias pela sua força e imprevisibilidade, bem como pelos inúmeros rochedos e baixios que apresentava a quem queria aportar àquela cidade.
O “Gomes VII” foi construído em 1877 pelos estaleiros Hall, Russell & Co. Ltd. de Aberdeen, sob o nome “Banchory”, para a J. & A. Davidson, também de Aberdeen, sob a qual serviu até ser vendido, em 1884, à Davidson Steam Shipping Co. Ltd. Com 576 toneladas de arqueação bruta, o navio media 53,2 metros de comprimento, 7,9 metros de boca e 4,4 metros de pontal, sendo propulsionado por um motor compósito a vapor.
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Município da Murtosa vai apoiar a construção de dois novos barcos moliceiros tradicionais
No âmbito da estratégia estabelecida pelo Município da Murtosa, de apoiar tecnicamente os particulares e instituições do concelho no trato burocrático de licenciamento de novos barcos moliceiros, teve lugar, nos Paços do Município,a assinatura formal dos protocolos de colaboração entre a autarquia, representada pelo Presidente da Câmara Municipal, Joaquim Baptista, e os construtores José Caravela Vieira (Rito) e Domingos Campos (Mole), para a construção de duas novas embarcações tradicionais.
Pelos presentes protocolos, o Município da Murtosa, para além de instruir os pedidos de licenciamento, com toda a documentação necessária, junto da DGRM, vai acompanhar todo o processo de construção dos moliceiros, apoiando logisticamente a realização dos testes finais de estabilidade.
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VIAJANDO PELA HISTÓRIA
Sabe como é que o sal de Setúbal ficou conhecido pelo mundo?
O comércio do sal no estuário do Sado data de 1274. Desde meados do século XIV que a sua comercialização e exportação tem sido uma atividade com assinalável importância económica e social em Setúbal.
Lembramos aqui o despacho que, a 24 de outubro de 1511, foi promulgado para proteger o sal setubalense.
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OS «NAVIOS VOADORES»
Quando Lisboa tinha dois aeroportos
Os ilustres 22 passageiros e 11 tripulantes deste “navio voador”, tiveram até direito a receção especial no Hotel Aviz. Esta unidade hoteleira, em conjunto com a Sociedade de Propaganda de Portugal - muito internacionalmente promotora do Touring Português - lançou uma espécie de concurso para premiar a melhor das companhias que, dali em diante, realizariam a ponte aérea entre Nova Iorque e Lisboa, via Açores, uma epopeia que então demorava 24 horas e custava para cima de um dinheirão.
O Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo só seria concluído em 1943 – um ano após o Aeroporto da Portela. Em conjunto, substituíram o primitivo Campo Internacional de Aterragem de Alverca.
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Projecto-piloto faz levantamento do património do complexo industrial de Sines
O Conselho das Comunidades de Sines (COMSINES) vai avançar, este ano, com um projecto-piloto que visa o levantamento de todo o inventário do património daquela área industrial, num investimento estimado em 119 mil euros.
O projecto resulta de um protocolo estabelecido entre a COMSINES e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, por um período de sete anos. A iniciativa tem em conta “o valor inquestionável” do Complexo Industrial, Portuário e Logístico de Sines, “no plano nacional e internacional”, constituindo-se como “uma infra-estrutura indispensável ao País”, explicou.
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Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
No dia 22 de Fevereiro, o abalroamento do «Santona»
O “Santona” era um navio a vapor britânico, construído em 1872 pelo estaleiro Denton, Gray & Co., de West Hartlepool, na região de Sunderland, Inglaterra.
Com 880 toneladas de arqueação bruta, o “Santona” tinha 62,5 metros de comprimento e 8,8 metros de boca, com um calado estimado em cerca de 4,5 metros, típico de navios de carga desta dimensão. Construído inteiramente em ferro, o que lhe conferia maior durabilidade e resistência em comparação com os tradicionais navios de madeira, o “Santona” representava um avanço significativo na engenharia naval. Era propulsionado por um motor a vapor composto, fabricado pela Richardson T. & Sons, também de West Hartlepool, com uma potência de 90 cavalos.
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Nos Açores nasce projecto para revitalizar a tradição baleeira das ilhas
Entre a Futurismo, empresa açoreana dedicada ao turismo de natureza, com enfoque especial para a observação de baleias; o Clube Naval de Ponta Delgada e o mestre construtor naval, João Tavares, natural da Ilha do Pico, deu-se a melhor das alianças em nome da tradição baleeira açoreana.
Honrando a tradição da construção dos botes baleeiros, o Mestre João Tavares utilizou os materiais e as técnicas originais para a construção do primeiro de dois botes baleeiros, que resultam de um investimento feito pela empresa Futurismo, com o objetivo de recuperar, valorizar e dar mais visibilidade na Ilha de São Miguel, a esta herança cultural açoreana. A Futurismo, prosseguindo os seus objetivos “de criar valor e trazer prosperidade aos Açores e aos Açorianos”, “contribuindo decisivamente para a qualificação e valorização do turismo nos Açores” *, quer ir mais longe, com a criação de um espaço museológico em Ponta Delgada dedicado a este património.
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Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro
O ciclone de de 15 de Fevereiro de 1941 no rio Sado
Na madrugada de 15 de fevereiro de 1941, Portugal foi assolado por um dos mais violentos ciclones da sua história moderna. Com ventos que ultrapassaram os 130 km/h, e rajadas que em algumas zonas atingiram 150 km/h, a tempestade varreu o país de norte a sul, deixando um rastro de destruição sem precedentes.
A sua origem no Atlântico Norte e a rápida intensificação tornaram o fenómeno inesperado e devastador, apanhando a população de surpresa. À medida que a tempestade avançava, os ventos tornavam-se mais intensos, arrancando telhados, derrubando árvores, destruindo infraestruturas e lançando embarcações à deriva, transformando o país num verdadeiro cenário de caos.
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TERTÚLIA NÁUTICA ESTA QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO, NO COMM
Memórias de Reparações Navais no Estaleiro da Margueira | NT «King Agamemnon»
O Prof. Doutor Engenheiro Francisco Jorge Gomes Lopes vai estar, a 27 de Fevereiro, no auditório da sede do Clube de Oficiais da Marinha Mercante para detalhar a reparação e reconstrução do navio tanque “ King Agamemnon “ feita na Lisnave Margueira .
Este trabalho da indústria naval feito em Portugal representa bem o elevado estado da arte que Portugal atingiu a nível mundial.
Falar destes tempos áureos é, segundo a organização do evento, "lembrar e divulgar a história Marítima nacional, para o conhecimento das novas gerações, as do século XXI".