Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
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VIAJANDO PELA HISTÓRIA
A construção da Doca 1 do Porto de Leixões
Em 1906, a Companhia das Docas e Caminhos de Ferro Peninsulares, concessionária desde 1889 da construção e exploração do porto de abrigo de Leixões, confiou ao engenheiro Adolfo Loureiro e ao seu colaborador engenheiro Santos Viegas o encargo de organizar o projeto do porto comercial de Leixões. É a esse projeto, datado de 1908, que pode atribuir-se, certamente, o que trinta anos mais tarde resultou na DOCA n.º 1 do Porto de Leixões.
Muitos notáveis engenheiros desenvolveram projetos alternativos para novas docas e terraplenos, tendo então surgido em 1931 o concurso para a Doca n.º 1, segundo projeto da Direção Técnica da APDL. A obra foi adjudicada em 1932, pelo valor global de 38 632 546$00, à Sociedade Metropolitana de Construção de Barcelona, que posteriormente foi transformada em Sociedade Construtora da Doca.
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O Porto de Leixões | Do Património Industrial à Memória:
As obras do Porto de Leixões e a evolução do tráfego marítimo.
Esta Dissertação em Património, Artes e Turismo Cultural, visa relacionar o Património Industrial e as memórias do Porto de Leixões com as grandes obras marítimas associadas à evolução do tráfego marítimo, na primeira metade do século XX.
O desenvolvimento portuário está associado a variadíssimos fatores históricos, políticos e económicos, que de certa forma interferiram diretamente com o desenvolvimento e crescimento dos portos em Portugal. Olhando para Leixões, abordaremos neste trabalho um segmento histórico que
permitirá perceber variados acontecimentos ao longo da primeira metade do século XX. Um porto entre guerras, um porto integrado num conceito social e económico.
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VIAJANDO PELA HISTÓRIA
As várias vidas do Cais do Sodré
Conhece o bairro dos Remolares? Agora é mais conhecido por Cais do Sodré, uma zona que já foi perigosa para a saúde pública, um local de espiões da Segunda Grande Guerra e o sítio de eleição para as classes altas. Paralelamente, foi frequentado por marinheiros e prostitutas. Eis parte da história deste cais.
Bairro dos Remolares. Era assim que era conhecido o Cais do Sodré no início do século XIX. Era uma área muito poluída, com praias fluviais sujas de lama, como a Praia da Boavista. Era um caso grave: “uma vez que os resíduos da cidade eram frequentemente despejados, tornava-se uma séria ameaça à saúde pública”, escrevem os investigadores.
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Quanto mundo coube dentro das naus que chegaram e partiram de Lisboa?
Traziam especiarias, sedas, porcelanas ou pedras preciosas, mas também servos da Coroa, religiosos, mercadores e gentes do Oriente e de África. No século XVI, Lisboa foi deixando de se surpreender com o mundo exótico que desembarcava das naus da carreira da Índia.
Príncipes de Ormuz, embaixadores persas, emissários de senhores feudais japoneses ou prisioneiros turcos viajaram a bordo dos grandes navios portugueses. A rota do Cabo, inaugurada por Vasco da Gama, foi durante mais de um século a principal via de ligação marítima entre o Ocidente e o Oriente. E Lisboa era o epicentro desse intenso movimento, como analisa neste artigo Rui Manuel Loureiro, historiador e investigador da NOVA FCSH.
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Sabia que o Museu de Marinha conta com a maior colecção de astrolábios náuticos do mundo?
Astrolábio Atocha III
O Museu de Marinha conta com a maior colecção de astrolábios náuticos do mundo - instrumento que permitiu o aperfeiçoamento da arte de navegar. O astrolábio náutico português é uma adaptação feita ao quadrante - que só permitia calcular a latitude através da Estrela Polar, apenas visível no Hemisfério Norte. Os portugueses criam então o astrolábio náutico, adaptação feita com base no astrolábio planisfério que, tal como o quadrante, também poderia ser utilizado com o auxílio da Estrela Polar, ou através do Sol, o que tornava possível medir a posição do navio em qualquer latitude.
Este astrolábio português, de inícios do século XVII (c. 1605), pertenceu à nau espanhola Nuestra Señora de Atocha que naufragou em Key West (EUA), em 1622, e foi encontrado apenas em 1985. Nesse mesmo ano foi adquirido pelo Museu de Marinha, em leilão da Christie’s, através do Comandante António Estácio dos Reis.
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VISITA GUIADA
Arqueologia Náutica e Subaquática
Quase ninguém tem isto presente: 97% do território português é composto por mar. Na imensidão do mar sobre a qual Portugal tem plena jurisdição, a chamada Zona Económica Exclusiva, ocorreram, ao longo dos tempos, inúmeros naufrágios.
Apesar de só uma ínfima parte deles estarem registados por escrito, os investigadores sabem que, apenas na Barra do Tejo, tiveram lugar muito mais de mil naufrágios e que, entre esses naufrágios, há navios de todos os outros continentes. Hoje, a arqueologia subaquática é capaz de revelar dados que até meados do séc. XX estavam vedados ao conhecimento. E muitos desses dados agora colhidos são preciosos para a construção da História.
No Forte de São Julião, em Oeiras, e no Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), em Xabregas (Lisboa), uma visita guiada pelos arqueólogos subaquáticos José António Bettencourt, Miguel Martins e Pedro Barros, pelos conservadores-restauradores Alexandra Rodrigues e João Marrocano, e pela diretora do CNANS, Isabel Pinto.
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Instrumentos de Navegação a Bordo das Naus
Expansão Marítima Europeia do século XV em diante
O período das Grandes Navegações foi marcado por importantes descobertas e inovações tecnológicas que revolucionaram a forma como os povos navegavam pelos oceanos. Entre essas inovações, destacam-se os instrumentos de navegação, como o quadrante, a bússola, o astrolábio, a sonda e a ampulheta.
Cada um desses instrumentos tinha uma função específica e foi crucial para o sucesso das expedições marítimas. Desde a antiguidade até aos dias actuais, esses instrumentos têm sido aprimorados e continuam a ser usados para navegação e orientação em alto mar. Neste artigo, explora-se a história e a função de cada um desses instrumentos.
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VIAJANDO PELA HISTÓRIA
Do oceano para o Tejo: o que a arqueologia marítima revela sobre Lisboa
O porto de Lisboa transformou-se numa das maiores vias de transação marítima na Idade Moderna. Descobertas de embarcações na cidade revelam que não eram apenas os navios de transporte fluvial e transoceânico que entravam nos ancoradouros: também os de transporte colonial faziam parte das rotas que chegavam à cidade.
Do mundo para o porto de Lisboa, os navios que passeavam pelas águas do Tejo provocaram uma “profunda alteração da zona ribeirinha, transformada em centro logístico e mercantil de um império marítimo que se começava a construir, onde se foram instalando estruturas produtivas, como estaleiros; logísticas, como os cais e os armazéns; ou de poder, como a alfândega”, aponta José Bettencourt, em conjunto com cinco investigadores do Centro de Humanidades (CHAM) da NOVA FCSH, no capítulo de livro (2018) “Meios, vias e trajectos: entrar e sair de Lisboa”.
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VIAJANDO PELA HISTÓRIA
Porto de Lisboa: ponto de partida da revolução oceânica do século XV
Se Lisboa foi sempre uma cidade portuária movimentada devido à sua posição privilegiada sobre o oceano Atlântico, foi no século XV que se deu, a partir do seu porto, uma das maiores revoluções na navegação oceânica tendo em vista territórios além-mar.
“A arquitetura das caravelas constituía uma espécie de segredo de Estado”, afirma Rui Manuel Loureiro, investigador do CHAM – Centro de Humanidades da NOVA FCSH neste artigo (2016). Por isso mesmo, não há testemunhos textuais nem iconográficos sobre os processos de construção destas embarcações que foram protagonistas das mudanças revolucionárias na navegação oceânica europeia a partir do porto de Lisboa.
Na década de 1470, a chamada “volta da Guiné” estava já implementada. A tripulação, constituída por marinheiros e soldados, largava anualmente de Lisboa numa jornada de ida e volta que demorava em média seis meses.
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VIAJANDO PELA HISTÓRIA
A Ribeira de Lisboa, porto do Império Marítimo Português : circulação de pessoas e de mercadorias
O “sítio de Lisboa”, na sua ligação ao Tejo, adquire singular dinâmica portuária na sequência das remodelações da cidade, verificadas ao longo dos séculos XIII e XIV, com a renovação do vale da Ribeira e o progressivo crescimento para ocidente.
A vocação marítima e de entreposto comercial e o contexto da expansão tornam Lisboa um dos portos mais importantes da Europa, transformando-se a Ribeira das Naus num verdadeiro complexo industrial, sob administração régia, que integrava várias actividades transformadoras, relativas à construção naval. Local de construção de embarcações e de movimento de numerosos navios com transporte de mercadorias e passagem de pessoas, aí se instalou o Paço Real, centro de poder.
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FERNÃO DE MAGALHÃES
Viagem de circum-navegação teve início a 20 de Setembro de 1519
O português Fernão de Magalhães ficou para a história como o primeiro homem a empreender a primordial e bem sucedida viagem de circum-navegação, sob os auspícios de Carlos I de Espanha.
A sua esquadra partiu de Sanlúcar de Barrameda em 20 de setembro de 1519 e, era composta por cinco navios e uma tripulação total de 234 homens, entre os quais alguns portugueses.
A viagem sofreu várias vicissitudes, desde o motim da tripulação, tempestades, o frio do Inverno, os confrontos com indígenas, as sucessivas tentativas para encontrar a passagem para o Oceano Pacífico, o que aconteceu em novembro de 1520.o de Magalhães ficou para a história como o primeiro homem a empreender a primordial e bem sucedida viagem de circum-navegação, sob os auspícios de Carlos I de Espanha.
Difundimos newsletter com artigos sobre a epopeia publicados na newsletter da APP.
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Um Mergulho na História | Por Alexandre Monteiro | Newsletter 2
Difundimos a segunda newsletter resultante da colaboração de Alexandre Monteiro com a APP, artigos respigados da página que o autor mantém no Facebook, intitulada "Um Mergulho na História".
Nesse espaço, o arqueólogo náutico e subaquático, também investigador universitário, mantém a secção "Um naufrágio por dia".
"Um Mergulho na História" trata de "Naufrágios portugueses no Mundo, património cultural subaquático de Portugal e Ilhas, arqueologia náutica e subaquática, piratas, corsários e tesouros, reais, percepcionados e imaginários submersos".
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Postais antigos mostram como a construção da marina fez «rodar» uma praia de Cascais
Os postais antigos têm mais poder do que se julga. Não trazem apenas memórias e nostalgia, mas também podem dar indicações sobre a evolução dos locais que imortalizam. Foi isso que aconteceu com o trabalho de um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Ao analisar um conjunto de postais e outras imagens entre 1930 e 2022, conseguiu reconstituir a linha de costa de uma praia de Cascais e observar como a marina construída nos anos noventa “rodou” essa linha. A equipa quer agora fazer a mesma análise com outras praias.
A ideia parecia simples e a equipa queria perceber se funcionava. Basicamente, pretendiam saber se as imagens nos postais poderiam ser uma espécie de “mapa”. “Como é que transformamos uma imagem qualitativa da praia numa análise quantitativa? Era uma prova de conceito”, relembra ao PÚBLICO Rui Taborda, especialista em geologia marinha e costeira da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e um dos autores do trabalho.
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As origens da pesca em Sesimbra
Com uma tradição milenar, a prática da pesca em Sesimbra apresenta evidências materiais datadas, pelo menos, desde o Calcolítico, através da recolha de dois pesos de rede em povoados arqueológicos desse período. Documentada ao longo da pré-história recente, será durante o Império Romano que a atividade atinge um amplo desenvolvimento, facto confirmado não só pela unidade fabril de preparados piscícolas identificada em 2007, na Avenida da Liberdade, mas também através da recuperação, na zona do Cabo Espichel, de mais de metade dos cepos de âncora em chumbo identificados até ao momento na costa portuguesa.
Após a ocupação muçulmana da Península Ibérica, iniciada em 711, Sesimbra continuou um polo da captura de diversas espécies piscícolas, que serviriam para alimentação da comunidade local, como comprovaram as escavações arqueológicas efetuadas em 2005 no Castelo. Em termos documentais, é do Foral de 1201, doado por D. Sancho I, que data uma das primeiras referências escritas à prática da pesca na região de Sesimbra, nomeadamente da taxa a pagar pelo pescado, a qual seria de 1 soldo.
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SS IDEAL X | O início da contentorização
O primeiro navio porta-contentores comercial bem sucedido chamava-se Ideal X, e pertencia à Pan-Atlantic Steamship Company. Tratava-se de um antigo petroleiro de classe T-2, da segunda guerra mundial, chamado Potrero Hills, e foi reconvertido para o transporte de carga contentorizada.
A sua primeira viagem ocorreu a 26 de abril de 1956, tendo partido do Porto de Newark (Nova Iorque) para Houston (Texas), transportando 58 contentores de 35 pés (aproximadamente 10,7 m x 2,44 m x 2,44 m), vindos diretamente de camiões, e cerca de 15.000 toneladas de petróleo a granel. O transporte demorou menos de oito horas.
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POR ARTUR MANUEL PIRES
O mar através de um monóculo
Um dos mais inesperados e surpreendes encontros, sem dúvida, entre dois dos mais famosos Capitães da História, ambos, largando as muitas e muito habituais imprecações, para segurarem, cada um, muito delicadamente, o seu estilizado monóculo…
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ÍLHAVO
O Barco processional de S. Pedro
A imagem de S. Pedro tinha lugar de honra num pequeno barquinho, onde figuravam os apóstolos, uns remando, outros a colher redes, e a imagem de São Salvador, o padroeiro da Vila, à proa, abençoando também o trabalho da faina. Desta antiga devoção, que terminou com a dissolução das antigas companhas pouco depois de 1840, hoje restam apenas as figuras dos apóstolos do antigo barco processional que saía por ocasião da festa ao S. Pedro, actualmente nas reservas do Museu Marítimo de Ílhavo.
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Financiamento do projecto de arqueologia subaquática e musealização dos achados do Arade quase aprovado
O compromisso de financiamento do projeto MUSA – Musealização dos Achados Arqueológicos do fundo do Rio Arade, que junta as Câmaras Municipais de Portimão e Lagoa e o instituto Património Cultural, já foi aprovado, anuncia a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.
Trata-se de um «investimento estratégico de valorização do Património Subaquático do Arade, no montante de 3,4 milhões de euros, com apoio de Fundos Europeus geridos pelo Programa Regional Algarve 2030», que agora entra na fase final de aprovação.
O projeto MUSA tem início previsto para o último trimestre de 2025 e execução programada até final de 2027, visando «a investigação, preservação e musealização dos achados submersos identificados no leito do rio Arade (entre Portimão e Lagoa), mas também a criação de espaços museológicos físico e virtual, bem como a promoção de uma reserva subaquática visitável, que permitirá ao público conhecer no local parte do património arqueológico submerso».
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Porto de Lisboa: ponto de partida da revolução oceânica do século XV
Se Lisboa foi sempre uma cidade portuária movimentada devido à sua posição privilegiada sobre o oceano Atlântico, foi no século XV que se deu, a partir do seu porto, uma das maiores revoluções na navegação oceânica tendo em vista territórios além-mar.
“A arquitetura das caravelas constituía uma espécie de segredo de Estado”, afirma Rui Manuel Loureiro, investigador do CHAM – Centro de Humanidades da NOVA FCSH neste artigo (2016). Por isso mesmo, não há testemunhos textuais nem iconográficos sobre os processos de construção destas embarcações que foram protagonistas das mudanças revolucionárias na navegação oceânica europeia a partir do porto de Lisboa.
Na década de 1470, a chamada “volta da Guiné” estava já implementada. A tripulação, constituída por marinheiros e soldados, largava anualmente de Lisboa numa jornada de ida e volta que demorava em média seis meses.
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COM VÍDEO
José de Almada Negreiros: artista multimédia morreu a 15 de Junho de 1970
José de Almada Negreiros nasceu em São Tomé e Príncipe em 1893, morrendo em Lisboa em 1970. Dele saíram quase todas as formas por que se pode expressar a arte, ou terá sido, como já lhe chamaram, artista multimédia antes do seu tempo.
Ao lado de nomes como o de Mário de Sá-Carneiro e de Fernando Pessoa, Almada marca indelevelmente a evolução da cultura contemporânea portuguesa ao nível plástico e literário. Centremo-nos apenas na produção literária, assumindo que para Almada tudo o que redunde em espectáculo, interessa.
Respigamos, nesta newsletter, alguns artigos publicados ao longo dos anos no portal da APP.



















