Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
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Dez anos depois, as sardinhas mais originais das Festas de Lisboa voltaram a ser pescadas
Pandemia, vacinas, migrantes, cultura ou ambiente: as dez vencedoras pescadas no Concurso Sardinhas 2021 trouxeram vários temas do fundo do mar. Num cardume de mais de 2600 sardinhas enviadas a concurso, oriundas de 42 países, foram seleccionadas sete sardinhas portuguesas, uma brasileira, uma bielorrussa e uma francesa.
No décimo aniversário do concurso, as vencedoras foram premiadas, cada uma delas, com um prémio no valor de mil euros, e foram escolhidas por um painel de jurados composto por Filipe Melo, Luís Royal, Joana Astolfi, Carolina Deslandes e Jorge Silva. E o objectivo do concurso, de atingir as 50 mil candidaturas desde a primeira edição, em 2011, não só foi atingido como foi ultrapassado.
NATÁLIA CORREIA
Quando um ramo de doze badaladas
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
DAVID MOURÃO-FERREIRA
Voto de Natal
Acenda-se de novo o Presépio no Mundo!
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos!
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos.
MANUEL ANTÓNIO PINA
O Cavalinho de Pau do Menino Jesus
Quando soube que o Menino Jesus tinha nascido, o Pai Natal ficou contentíssimo. Vestiu-se a correr, carregou e trenó com presentes e chamou as renas:
"Dasher, Dancer, Dunder... Venham depressa!"
Quando a Mãe Natal, que fora fazer compras, chegou a casa, o Pai Natal já tinha atrelado as renas e estava pronto para partir.
"Onde vais?", perguntou, surpreendida, a Mãe Natal. "Ainda nem almoçaste..."
"Vou a Belém. Nasceu o Menino Jesus. é Natal!"
RUY CINATTI
Natal
Inverno lactescente, adormecido
Querer, noite encantada
Já não sinto, porém, aquele amor,
Nem a vida sonhada
MANUEL ALEGRE
Natal
Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.
Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
TOMAZ KIM
Tempo de Natal
Eis aqui a estalagem:
Escassa a palha na mangedoira
E morno o bafo dos animais.
Brilhante a estrela,
Brilhante o brocado
Dos Reis.
Oh, o fulgor, até, dos farrapos
Dos pastores!
DAVID MOURÃO-FERREIRA
Natal à Beira-Rio
É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
a trazer-me a água da infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
que ficava, no cais, à noite iluminado…
Natal, de Fernando Pessoa
Natal… Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Pinturas murais perpetuam memórias gafanhenses
As mulheres que antigamente trabalhavam nas secas de bacalhau, bem como os tripulantes dos navios da pesca do bacalhau, vulgarmente designados por bacalhoeiros, inclusive os que pescavam a bordo dos pequenos dori, ou ainda personagens relevantes na “Faina Maior”, como o capitão Valdemar Aveiro, estão homenageados em pinturas murais, da autoria do artista plástico António Conceição, no viaduto sobre a Avenida dos Bacalhoeiros e o ramal ferroviário de acesso ao Porto de Aveiro, na Gafanha da Nazaré.
Adeus ao Verão com música
O Verão do calendário finou-se, pretexto para publicarmos mais uma newsletter temática, desta feita com direito a música. “Músicas de Verão” integrou secção que adornou o rodapé das newsletters da APP por uma vintena de vezes, entre Julho e Setembro deste ano. Aqui fica o best of de músicas para ouvir na praia, canções evocando o mar, os prazeres do sol mais forte, o agito que rima com as noites quentes, ainda algumas baladas para quem gosta de entardecederes tranquilos. Dos Beatles a Pedro Osório, de Dulce Pontes e Bob Marley, dos ABBA a Al Jarreau, George Benson, Ben Harper, Kool & Gang, Robbie Williams, John Travolta, Olivia Newton-John, Natércia Barreto, Mungo Jerry, Andrea Bocelli, Marie Laforet, Chris Rea, Robert Wiatt, Joe Satriani, Chico Buarque…
Carlos Marques: as miniaturas dos barcos da sua vida
Antigamente não havia cais. Não havia nada. Havia um estaleiro na Afurada e uma casa ao lado do estaleiro que tinha um barco salva-vidas. “Quando havia um naufrágio no mar, este barco ia a remos. O da Afurada chegava mais depressa do que o da Foz que, segundo consta, tinha motor.” O barco levava dez, no máximo 12 pessoas. Carlos Marques tem a miniatura no seu “estaleiro” pessoal, na Rua dos Navegantes, Canidelo, Gaia...
Estátua de Vasco da Gama em Sines
A reivindicação de uma estátua de Vasco da Gama em Sines é antiga. Em 1898, aquando do quarto centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia (1898), já a população de Sines pedia uma estátua para a vila.
Em 1924, no quarto aniversário da morte do navegador, fez-se um peditório destinado à compra de um busto para ser colocado no Largo dos Penedos. Foi lançada a primeira pedra, mas o dinheiro angariado não foi suficiente para a aquisição.
REVISITANDO CERTAMES ANTERIORES
3639 SARDINHAS DE LISBOA 3639 | Fresquinhas e boas
Foram 3639 as propostas para a edição do famoso Concurso das Sardinhas de 2020. Entre 53 países, saíram vencedores Portugal, Turquia, Itália e Canadá.
Puxaram a brasa à sua sardinha e venceram. Da pandemia ao ambiente, passando pelas festas lisboetas à janela, tudo serviu de inspiração para as criações deste ano. No pódio, convivem três sardinhas portuguesas e três internacionais.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN DEIXOU-NOS A 2 DE JULHO DE 2004
O mar dos meus olhos
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Mar Sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Mesmo que eu morra o poema encontrará Uma praia onde quebrar as suas ondas
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praia onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
ARTE CINÉTICA
Os «monstros» de Theo Jansen invadem as praias
Theo Jansen é um artista e escultor cinético holandês. A sua obra é especialmente conhecida pelos trabalhos de grandes dimensões que se assemelham a esqueletos de animais e que são capazes de caminhar utilizando a energia do vento.
Jansen dedica-se a criar vida artificial através de algoritmos genéticos, que simulam a evolução dentro de seu código
21 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA POESIA
Oceano Nox | Antero de Quental
Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o voo dum pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Junto do mar sentei-me tristemente,
Olhando o céu pesado e nevoento,
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das coisas, vagamente...
POEMAR | NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SOPHIA
Metade da minha alma é feita de maresia
Há muito que deixei aquela praia | De grandes areais e grandes vagas | Mas sou eu ainda quem na brisa respira | E é por mim que espera cintilando a maré vasa...