Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
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POEMAR
Fundo do Mar | Sophia de Mello Breyner Andresen
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
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POEMAR
Vozes do Mar | Florbela Espanca
Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
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Barcos em garrafas
Há quem atribua esta arte aos marinheiros, mas a origem parece no entanto estar situada nos inícios do séc.XVI nas chamadas garrafas de paciência. Estas tinham motivos e cenas religiosas e não custará muito crer que, nas mãos de um marinheiro, que provavelmente já as conhecia, o interior da garrafa mudasse de tema.
Não se sabe quem começou a colocar barcos dentro de garrafas, nem quando isso aconteceu, mas uma garrafa, contendo um barco no seu interior, que contém informação sobre quando foi feita encontra-se no museu de Luebeck, na Alemanha, datada de 1784.
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SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
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SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Mulheres à beira-mar
Confundindo os seus cabelos com os cabelos
do vento, têm o corpo feliz de ser tão seu e
tão denso em plena liberdade.
Lançam os braços pela praia fora e a brancura
dos seus pulsos penetra nas espumas.
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SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Hora
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.
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SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Navio naufragado
Vinha de um mundo
Sonoro, nítido e denso.
E agora o mar o guarda no seu fundo
Silencioso e suspenso.
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SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Pirata
Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
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SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Deriva
Vi as águas os cabos vi as ilhas
E o longo baloiçar dos coqueirais
Vi lagunas azuis como safiras
Rápidas aves furtivos animais
Vi prodígios espantos maravilhas
Vi homens nus bailando nos areais
E ouvi o fundo som das suas falas
Que nenhum de nós entendeu mais
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JENNIFER MAESTRE
Organismos marinhos artisticamente lapizados | 1
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JENNIFER MAESTRE
Organismos marinhos artisticamente lapizados | 2
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