Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
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HISTÓRIAS COM NAVIOS | POR JOSÉ PAULO SARAIVA CABRAL
Porta-contentores que quase virou ao zarpar
Caso: navio porta-contentores ao cais com a carga completa e a marca de bordo livre de bombordo submersa uns 5 cm. Estiva completa, contentores do convés peados e navio pronto para zarpar. Contra a vontade do comandante, o navio não pode sair, decidiram as autoridades. E bem, porque tinha a marca de bordo livre submersa. Umas horas mais tarde, depois de umas manobras de líquidos a bordo, a marca de bordo livre de bombordo estava fora de água, mas a de estibordo ficou submersa os tais 5 ou pouco mais centímetros. O navio estava, de facto, inclinado a um bordo; pouco antes estava também inclinado, mas para o outro bordo…
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HISTÓRIAS COM NAVIOS | POR JOSÉ PAULO SARAIVA CABRAL
Cimenteiro que ao cais fez da quilha portaló
Navio graneleiro com uma carga completa de cimento. O navio não era especificamente cimenteiro, tinha adaptado no cobro dos seus dois porões um sistema de descarga constituído por painéis perfurados (air slides) que injetavam ar no cimento, fluidificando-o, e o cimento era encaminhado por gravidade para umas bombas de parafuso que pressionavam o cimento assim aerificado para uma mangueira que alimentava os silos de receção em terra. O navio estava atracado ao cais, bem cingido contra as defensas, para evitar puxões e abrasão na mangueira de descarga.
Umas três horas após o início da descarga, o navio começou a inclinar para o lado oposto ao cais, rebentou os cabos de amarração e virou-se muito rapidamente. Os testemunhos falavam num processo que durou menos de um minuto. O navio ficou deitado ao longo do cais, assente no fundo, quase cheio de cimento, na altura, mais parecia uma rocha!
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HISTÓRIAS COM NAVIOS | POR JOSÉ PAULO SARAIVA CABRAL
Um paiol de sobressalentes com objectos estranhos
Veio este arrastão de um país africano, nos tempos das dificuldades (se é que hoje são menores!), para fazer grandes reparações num estaleiro em Lisboa. À chegada, o superintendente contratado para coordenar as reparações, para ficar com uma ideia do que existia a bordo, saber onde estavam as peças e em que condições, pediu ao Chefe de Máquinas para visitar o paiol de sobressalentes.
Desconforto. O Chefe evitava o assunto, disfarçava. Não temos lá quase nada…, dizia, e passava à frente, circulava-se por todo o navio, falava-se de tudo, paiol de sobressalentes nada... (...)
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POR MARCO NEVES
Qual é a origem da palavra «mar»?
A nossa palavra vem, sem grandes surpresas, do latim «mare». A palavra latina deu vários frutos, mas com uma particularidade. «Mar» é palavra masculina em português, tem os dois géneros em castelhano e em catalão, é feminina em francês, é masculina em italiano e volta a ser feminina em romeno. Porquê esta oscilação? É simples: em latim, a palavra era do género neutro — com o desaparecimento deste, as várias línguas latinas tiveram de arrumar a palavra num dos géneros que restaram. Os espanhóis não chegaram a decidir-se…
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FERNANDO ALVES
Fantasiar Bugios ou bugiar?
Quando trabalhava perto do rio, ia muitas vezes pela marginal e procurava poiso onde pudesse contemplar a sesta dos cargueiros e o Forte de São Lourenço da Cabeça Seca, dito do Bugio, iniciado em finais do século XVI, sob a direcção do frade que Filipe I mandou vir de Nápoles. Os cargueiros são, aos meus olhos, a mais depurada ideia de casa movendo-se sobre as águas.
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MILHAS NÁUTICAS, POR MIGUEL MARQUES
390 - 360
Curiosamente, 750 mil milhões de euros é um valor igual ao volume de negócios de 2018 da economia azul da União Europeia. De acordo com a última edição do “The EU Blue Economy Report”, em termos de valor acrescentado bruto, o contributo da economia azul, para a riqueza gerada anualmente na União Europeia foi de 218 mil milhões de euros, correspondendo a 1,57% do total do PIB da União Europeia. Conhecendo as múltiplas indústrias que compõem a economia azul, como por exemplo, transportes marítimos, construção naval, pesca, aquacultura, transformação do pescado, turismo, portos, energia offshore, biotecnologia, cabos submarinos… facilmente se percebe que podem vir a representar, no seu total, muito mais do que 1,57% do PIB da UE.
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MIGUEL MARQUES
A ala azul da linha da frente
Embora discreta, existe uma forte "Ala Azul" que está na linha da frente do combate aos impactos sanitários, económicos e sociais da pandemia, utilizando o mar, os rios e os lagos para garantirem um presente e um futuro a Portugal.
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CARLOS OLIVEIRA
Janela Única Logística | O futuro está a chegar a Portugal
O projecto da JUL é mais um passo no sentido da criação de algo que virá a contribuir decisivamente para que os portos portugueses (e, de uma maneira geral, o sistema logístico nacional), deem mais um passo tendo em vista uma posição de vanguarda no contexto europeu.
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POR ARMANDO SILVA AFONSO
Os dias da água
Foi no dia 22 de março de 1992 que a ONU decidiu publicar a «Declaração Universal dos Direitos da Água», instituindo o Dia Mundial da Água. Em Portugal existe e comemora-se também um outro dia da água: o Dia Nacional da Água. É o dia 1 de outubro, que assinala o início do ano hidrológico, que decorre de 1 de outubro a 30 de setembro.
Esta proximidade entre o ano hidrológico e o ano académico não é coincidência. Afinal, ambos seguem o ritmo da natureza, que se inicia e renova com a fonte de vida que é a água e descansa na estiagem de verão.
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POR LUÍS SOUSA
EMISSÕES DE CO2 | O perigo eminente de acontecer um enorme «absolutamente nada»
Apesar do inegável aumento nas emissões de CO2 após a revolução industrial, o homem continua a ser responsável por apenas cerca de 3% do total libertado para atmosfera. O restante tem origens naturais como erupções vulcânicas, incêndios florestais, funções vitais de organismos vivos e a decomposição de animais e plantas mortas.
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POR VÍTOR CALDEIRINHA
Livro Branco e novo Porto de Jade-Weser, na Alemanha
A Comissão Europeia apresentou recentemente o novo livro branco para os transportes da União Europeia, que designou por "Roteiro do espaço único europeu dos transportes - Rumo a um sistema de transportes competitivo e económico em recursos".
No que ao transporte marítimo e aos portos diz respeito, a principal novidade é o objectivo de criação de uma "cintura Azul" no mar, em torno da Europa e países vizinhos, onde o transporte marítimo beneficie com a facilitação de procedimentos para os serviços intra-europeus e com países próximos. No entanto, nada é referido sobre como deverá ser prosseguido este objectivo, que parece muito importante, mas que encontra adversários nas diferentes alfândegas e entidades públicas portuárias europeias.
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POR MARTA ALVES*
Porto de Aveiro promove SSS através de participação em projecto europeu PROPOSSE
O projecto PROPOSSE - Promote Ports, SSS & SME Cooperation é um projecto europeu de cooperação entre os portos de Aveiro, de Gijón, Le Havre, Poole e Cork, as associações representativas de PME´S, Associação Industrial do Distrito de Aveiro e a Câmara de Comércio de Oviedo, e um organismo inglês de I&D, Marine South East, para a promoção do Short Sea Shipping (SSS) junto das PME`S fixadas nos respectivos hinterlands.
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OPINIÃO - POR VÍTOR CALDEIRINHA
Os portos da CPLP
(...) A Associação de Portos da CPLP, que agora se anunciou poder vir a ser criada e oficializada, vai certamente aproveitar o trabalho do estudo de mercado dos portos da CPLP apresentado em Luanda, que demonstra por um lado o potencial existente e por outro a falta de ligações regulares entre estes portos, definindo um programa de actuação e de visitas a armadores, carregadores e potenciais clientes e divulgando as vantagens nas ligações entre estes portos, estabelecendo facilidades que desenvolvam as escalas directas regulares e o tramping entre estes portos irmãos. (...)