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Notícias

VIAJANDO PELA HISTÓRIA - 1956

Os mirones da Piscina Municipal

Hoje em dia, tempos em que já ninguém torce o pescoço forçado por uma mini-saia mais mini, poucos são os que se escandalizam com o top-less praticado nas lusas praias. A ninguém lembra hoje murar as praias algarvias ou outras onde o corpo teima em aparecer mais destapado. Em 1956 as coisas piavam mais fino.

E assim piavam na piscina municipal de Coimbra, situada "no recanto cimeiro do grandioso Estádio Municipal". A mancha azul da piscina era considerada pelo articulista do "Diário da Manhã" um "aliciante chamariz da população, nestes dias calmos da cidade".

Uma piscina de que se gabavam as excelências:
"A água permanentemente renovada e outras condições higiénicas, a facilidade e frequência dos transportes e o ambiente de elegância e desporto que ali se notam são outros tantos motivos de atracção da cidade pela sua magnífica Piscina. Vista do Penedo da Saudade, é uma tentação. Frequentada por uns dias, entra nos programas diários obrigatórios de toda a gente".

O problema é que a mancha azul ficava defronte do Liceu Feminino. O problema é que a piscina era a céu aberto, e com as paredes de sustentação do céu ainda por construir…
"Situada mesmo em frente do Liceu Feminino e da sua entrada única, a Piscina é panorama forçoso para os milhares de jovens do 1º ao 7º ano quer dizer, dos 10 aos 19 anos, que, a pé ou nos carros, passam todos os dias, uma e mais vezes, mesmo rente às grades largas que deixam ver tudo o que ali se passa, edificante ou não".

A dor de cabeça do articulista faz presunção de que por ali se passariam cenas menos edificantes. Algum fato de banho vindo de Paris mostrava uns milímetros de perna para além do prescrito na tabela de bons costumes da época? Ou pares mais desinibidos não resistiam a um beijinho furtivo, desejando boa sorte no mergulho? Não sabemos. Presumiremos apenas que, via das cenas eventualmente pouco edificantes, urgia edificar paredes que unissem as grossas grades, e acabassem de vez com a romaria de mirones. Ainda por cima, voyeurs tão jovens, logo aos dez anos impelidos a saber tudo das artes dos banhos. E é que, mesmo que tentassem desviar os olhos, o pescoço não desataraxava para o lado bom…

"Esta quase obrigatoriedade de ver é ásperamente criticada. A quase totalidade da população citadina não a aprova. As queixas são duras e frequentes. Por isso, e pelo mais se impõe que a Câmara mande vedar convenientemente o recinto. O problema das grades, já discutido em sessão pelos vereadores, é diferente e não interessa, portanto, para este caso. Mas não deixa de ser problema e, por conseguinte, de exigir ponderação oportuna por quem de direito".

Não sabemos se o Brigadeiro Dr. Correia Cardoso, presidente da edilidade na data, acolheu a sugestão do "Diário da Manhã", de 7 de Julho de 1956.