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Notícias

Porto de Lisboa e World Monuments Fund anunciam nova fase da intervenção nos murais de Almada Negreiros

 O Secretário da Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, presidiu à apresentação do VI Volume dos Cadernos do Porto de Lisboa e à assinatura de um novo protocolo de colaboração entre a APL-Administração do Porto de Lisboa e a World Monuments Fund Portugal, intitulado Conservação e Restauro dos Painéis de Almada Negreiros na Gare Marítima de Alcântara.

Na sua intervenção o Secretário da Estado das Infraestruturas frisou que «não basta construir novas infraestruturas: temos também de cuidar das que já existem. Verbos como restaurar, recuperar e preservar são palavras-chave neste processo.»

Na cerimónia estiveram ainda presentes o Presidente do Conselho de Administração da APL, Vítor Caldeirinha, e o Presidente da WMF Portugal, Miguel Horta e Costa.

O Presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa referiu que: “No Porto de Lisboa, a visão aprovada pelo Governo Portos 5+ traduz-se numa estratégia sólida, exigente e prática. Um porto moderno não existe isolado: vive em simbiose com a cidade, dialoga com o seu património e contribui para a coesão social e cultural das comunidades que o rodeiam. É este sentido de responsabilidade partilhada que nos guia: devolver valor ao território, proteger a memória coletiva, criar espaços de encontro e abrir as portas — literalmente — ao conhecimento e à cidadania.”
Houve ainda oportunidade para o Presidente da WMF Portugal, dizer: “Este projeto nasceu da convicção de que preservar o património cultural é proteger memória, compreender a história e reforçar a responsabilidade coletiva para o futuro”. E acrescentou: “Esta dinâmica de cooperação traduz um modelo virtuoso de convergência entre esforço público e investimento da sociedade civil, lembrando-nos que o património cultural é um bem comum”.

Esta iniciativa sublinhou a relevância internacional deste projeto e o reconhecimento do papel da APL e da WMF Portugal na preservação e valorização do património cultural associado às gares marítimas, reforçando o seu compromisso na salvaguarda da obra mural de Almada Negreiros, profundamente ligada à identidade histórica, social e artística do território portuário.

A APL e a WMF Portugal assinalaram o reconhecimento do trabalho realizado com a publicação da nova edição dos Cadernos do Porto de Lisboa, dedicada ao restauro dos murais de Almada Negreiros na Gare Marítima da Rocha do Conde d’Óbidos. Uma obra que documenta o trabalho científico e técnico produzido ao longo da primeira fase do projeto e celebra a cooperação exemplar entre todos os parceiros envolvidos.

Por outro lado, marcou-se o início de uma nova etapa com a assinatura do protocolo que viabiliza a próxima fase de intervenção na Gare Marítima de Alcântara, incidindo sobre os oito murais de Almada Negreiros, numa superfície pictórica de 192 metros quadrados, bem como na conservação dos revestimentos pétreos e vítreos do átrio principal.

A intervenção agora iniciada constitui um passo decisivo para ambas as entidades, no investimento continuado e na valorização do património artístico e arquitetónico, devolvendo à cidade um conjunto de grande importância cultural e garantindo melhores condições para acesso público destes espaços emblemáticos.

Este projeto nasceu da convicção de que preservar o património cultural é proteger memória, compreender a história e reforçar a responsabilidade coletiva perante o futuro. Desde a seleção no Programa Watch da World Monuments Fund, em 2022, a World Monuments Fund assumiu o propósito de contribuir para a salvaguarda e projeção internacional do mais relevante conjunto de pintura mural do século XX em Portugal, legado marcado pela intensa mobilidade humana do Porto de Lisboa e pelos grandes movimentos migratórios do século passado.

A primeira fase, concluída em 2024 na Gare da Rocha do Conde d’Óbidos, provou o impacto de um trabalho interdisciplinar de elevada exigência: 165 metros quadrados de pintura mural restaurados e superfícies pétreas conservadas, segundo padrões internacionais, num processo que uniu investigação académica, laboratórios especializados e equipas de conservação e restauro altamente qualificadas, em estreita articulação com parceiros públicos e privados.

Para a APL, esta primeira fase demonstrou a importância de um trabalho articulado entre entidades públicas e privadas, afirmando a APL como um agente ativo na proteção do património cultural ribeirinho e na promoção do acesso público ao seu acervo artístico.

No âmbito da partilha global do conhecimento, a WMF produziu conteúdos para a plataforma Google Arts & Culture, tornando os murais acessíveis a uma audiência global e reforçando a projeção internacional do projeto. Em paralelo, foram desenvolvidas iniciativas educativas em parceria com o Plano Nacional das Artes, aproximando este património das escolas, dos jovens e da comunidade, para que este legado seja conhecido, experienciado e inspirador na construção de uma sociedade mais consciente e inclusiva.

Outro marco essencial foi a abertura ao público do Centro Interpretativo dedicado à obra mural de Almada Negreiros, inaugurado este ano graças à articulação entre a Câmara Municipal de Lisboa, o Turismo de Lisboa e a APL. Esta iniciativa permite que cidadãos e visitantes descubram um legado artístico singular e compreendam o papel do Porto de Lisboa na história cultural e humana do século XX.

O próximo capítulo passa pela conservação dos oito murais da Gare Marítima de Alcântara pela World Monumets Fund e pela recuperação do exterior das Gares pela APL, revelando o valor da sua arquitetura moderna da autoria de Porfírio Pardal Monteiro. Paralelamente, prevê-se a implementação do projeto de reabilitação urbana da sua envolvente, pela APL, reforçando a ligação entre o porto e a cidade através de um espaço urbano qualificado, mais próximo da comunidade e da vida cultural de Lisboa.

Esta dinâmica traduz um modelo virtuoso de convergência entre esforço público e investimento privado, lembrando-nos que o património cultural é um bem comum, cuja preservação exige responsabilidade partilhada.