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Conservas com record de exportações à vista

 Em 1853, o andaluz Sebastian Ramirez fundava em Vila Real de Santo António a primeira fábrica de conservas em Portugal. Cinco gerações depois, concentrada em Matosinhos, a Ramirez permanece como uma das marcas mais antigas do mundo a operar no mercado.
O auge da produção do setor aconteceu durante a I e II Guerras Mundiais, quando a indústria portuguesa de conservas foi uma das principais responsáveis pela alimentação dos soldados de ambos os lados.

Das 400 fábricas de conservas que Portugal chegou a ter, hoje o setor é formado apenas por 20, que asseguram aproximadamente quatro mil postos de trabalho diretos, dos quais 80% são ocupados por mulheres, e mais de sete mil indiretos.

"Estas 20 conserveiras reúnem a capacidade industrial, knowhow' e canais de exportação que sustentam a presença internacional do setor", sendo que "a dimensão concentrada explica a agilidade na obtenção de certificações e na organização de entradas estruturadas em mercados externos, como o Japão", afiança José Maria Freitas, presidente da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), em declarações ao Negócios.

A indústria conserveira nacional "vive uma fase de crescimento sustentado", tendo fechado o ano de 2024 com uma faturação de 390 milhões de euros, cifra que constituiu "o melhor resultado da década, impulsionado pela recuperação da sardinha e pela valorização do atum", realçou José Maria Freitas.

Rumo aos 650 milhões de faturação em 2030

A faturação prevista para o ano de 2025 é de "entre 400 a 410 milhões de euros, o que confirmará a tendência de crescimento estável e um novo máximo para o setor", aponta o mesmo dirigente associativo, enfatizado o facto de a fileira ser claramente exportadora - "mais de quatro em cada cinco euros resulta de vendas ao exterior", afirma
Após ter fechado 2024 com exportações de 334 milhões de euros, ou seja, 85% do total das vendas, na primeira metade deste ano gerou 87% das receitas no exterior, registando um crescimento homólogo de 12% para 199 milhões de euros.

A fasquia de fecho do ano nas exportações está colocada "entre os 350 e os 360 milhões de euros, mantendo-se no rumo de atingir uma faturação de 650 milhões de euros em 2030".

Por produto, o atum continua a ser o produto-âncora, representando mais de 45% do total das exportações. Já as conservas de sardinha "destacaram-se em 2025, com um aumento de 73% em volume, impulsionado pela certificação MSC" (rastreabilidade e sustentabilidade das pescarias ibéricas).

Vendas no Japão são "nulas". Objetivo: 5 milhões anuais

Espanha e França são os principais mercados de destino, com uma quota de 28% e 23%, respetiva- mente, seguindo-se Itália (11%) e Reino Unido (9%).

Com os mercados dos Estados Unidos e Canadá que já valem 7% das exportações, "em expansão", ganhando a classificação de "novos mercados de alto valor", a indústria conserveira portuguesa tem agora na mira uma nova geografia estratégica o Japão, onde são "nulas" as vendas de conservas "made in" Portugal.

"O Japão é o terceiro maior consumidor mundial de peixe 'per capita' e valoriza fortemente certificações de sustentabilidade e rastreabilidade", observa José Maria Freitas.
Depois de ter realizado, nos primeiros seis meses deste ano, "exportações-piloto", associadas ao lançamento na Expo Osaka, e "com acordos em fase de negociação com distribuidores japoneses", o presidente da ANICP estima um "potencial" de vendas para este país da ordem dos cinco milhões de euros anuais, "sobretudo em gamas 'premium' e certificadas MSC, direcionadas a consumo 'gourmef e hotelaria".

O impacto da certificação MSC é significativo, porquanto a obtenção do selo azul para a pescaria da sardinha permite, segundo estimativas da ANICP, "acrescentar entre 10% e 15% de valor médio por tonelada exportada, elevando a receita média por volume e forçando um reposicionamento para nichos de maior valor acrescentado", nota Freitas..

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