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Aves marinhas são ligações «críticas» entre ilhas, oceano e pessoas

As aves marinhas são importantes elementos de ligação entre os ecossistemas oceânicos e terrestres e reforçar a sua proteção pode ajudar a combater as alterações climáticas, a degradação dos ambientes marinhos e a perda de biodiversidade.

Quem o diz é uma equipa de cientistas que, num artigo publicado na revista ‘Nature Reviews Biodiversity’, apresenta o conceito de “economia circular das aves marinhas”. De forma simples, refere-se aos processos naturais através dos quais as aves marinhas transferem nutrientes do oceano para terra e vice-versa, moldando a biodiversidade e promovendo a saúde dos ecossistemas a múltiplas escalas.

“As aves marinhas funcionam como bombas biológicas, consumindo presas no oceano e transferindo grandes quantidades de nutrientes para os seus locais de reprodução em terra”, explica, em nota, Holly Jones, da Northern Illinois University (Estados Unidos da América) e primeira autora do estudo.

“Elas ligam o oceano e as ilhas de formas que são tanto poderosas como mensuráveis”, assegura.

Com base em décadas de investigação, os autores deste trabalho descrevem as aves marinhas como ligações “críticas” entre ilhas, oceano e pessoas e mostram como esses animais, através dos seus dejetos (chamados guano), fertilizam as ilhas e os habitats marinhos adjacentes, aumentando a sua produtividade e suportando, assim, as redes de vida que aí se formam, para benefício de todos, incluindo os humanos.

Embora possam defecar em terra, o guano dessas aves pode escorrer para o mar, levado, por exemplo, pelas águas da chuva, promovendo o crescimento dos corais em torno das ilhas, aumentando as populações de peixes e até reforçando a resiliência dos ecossistemas marinhos aos efeitos das alterações climáticas.

Apesar dessa importância vital, estima-se que cerca de um terço das espécies de aves marinhas estejam ameaçadas de extinção e que as ilhas, onde a maioria desses animais se reproduz, sejam dos focos de biodiversidade marinha mais vulneráveis do planeta.

Os investigadores chamam a atenção para lacunas no conhecimento que dificultam a conservação dos ecossistemas marinhos, designadamente no que diz respeito aos manguezais, às pradarias de ervas marinhas e aos recifes de ostras.

Por isso, defendem abordagens mais “integradas” ao estudo e conservação de sistemas terrestres e marinhos para que seja possível “compreender totalmente a abrangência e o potencial da economia circular das aves marinhas”.

Salientando essas ligações entre terra e mar, a equipa de investigadores sugere que o restauro de populações de aves marinhas, por exemplo, através de ações de remoção de espécies invasoras e de translocação de crias, é fundamental para “restabelecer esses fluxos cruciais de nutrientes e para ajudar a proteger os ecossistemas contra impactos climáticos”.

Laura-Li Jeannot, da Universidade de Lancaster (Reino Unido) e que também assina do artigo, destaca ainda que a ciência de cunho ocidental não é suficiente para proteger as aves marinhas e os ecossistemas de que fazem parte.

“As aves marinhas estão intimamente ligadas a muitas culturas pelo mundo fora, mas o conhecimento ecológico indígena e tradicional tem sido amplamente secundarizado por formas dominantes de ciência. Investigações futuras devem procurar uma abordagem mais holística que ligue as perspetivas indígenas sobre a economia circular das aves marinhas”, defende. 

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