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A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.

Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.



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Notícias

Navios mais verdes para oceanos mais limpos

 Um relatório do Banco Mundial indica que mais de 80% do comércio mundial de mercadorias é realizado por via marítima. Este setor, que continua a ser a espinha dorsal das trocas comerciais internacionais e um pilar estruturante da economia global, enfrenta hoje desafios significativos no que respeita à sua transição energética. Num contexto de crescente consciencialização ambiental e de metas climáticas cada vez mais exigentes, é urgente identificar soluções viáveis que garantam um setor marítimo eficiente, seguro e sustentável.

“A descarbonização do setor marítimo exige soluções verdadeiramente inovadoras e circulares, que promovam o reaproveitamento e o tratamento responsável de resíduos. Na Eco-Oil, recolhemos os resíduos resultantes da lavagem de navios-tanque, tratamos as águas contaminadas, que devolvemos ao mar em condições seguras, e valorizamos os hidrocarbonetos recolhidos através da produção de um combustível reciclado para uso industrial. O nosso objetivo é demonstrar que é possível repensar o setor marítimo com a sustentabilidade no centro da ação”, afirma Nuno Matos, Diretor-Geral da Eco-Oil.

A partir da sua experiência no tratamento de águas contaminadas e na produção de combustível sustentável, a Eco-Oil identifica três áreas-chave para acelerar a transição energética do transporte marítimo:

1 | Redução de emissões e combustíveis alternativos

Apesar de representar uma fração relativamente pequena das emissões globais de gases com efeito de estufa (cerca de 3% das emissões mundiais, segundo a Agência Internacional de Energia), o setor marítimo apresenta características que dificultam a sua eletrificação direta, especialmente no transporte de longa distância e em navios de grande porte. Neste contexto, o quadro normativo em vigor, nomeadamente o regulamento FuelEU Maritime, que estabelece metas progressivas e ambiciosas de redução das emissões de carbono associadas à energia utilizada a bordo — de 2% em 2025 até 80% em 2050, relativamente à média de 2020 —, exige a adoção de soluções mais sustentáveis. O caminho deve passar, assim, pela adoção de combustíveis de baixo carbono ou de carbono reciclado, e pelo investimento em alternativas como a captura e armazenagem de emissões, contribuindo para um setor ambientalmente mais responsável.

2 | Gestão responsável e circular dos resíduos

As águas contaminadas resultantes da lavagem dos navios-tanque transportam uma variedade de poluentes, tais como óleos, sedimentos, resíduos químicos e hidrocarbonetos que, se não forem devidamente tratados, representam uma ameaça séria à vida marinha. Através de tecnologias de separação, tratamento e valorização, é possível remover eficazmente estes contaminantes, recuperar componentes úteis e devolver a água tratada ao meio ambiente com qualidade garantida. Este processo previne a descarga irregular no mar e permite transformar resíduos perigosos em recursos com valor, promovendo uma gestão ambientalmente alinhada com os princípios da economia circular e da proteção do oceano.

3 | Monitorização ambiental robusta e transparente

A estratégia mais recente da Organização Marítima Internacional (IMO) visa reduzir as emissões em 20% a 30% até 2030 e alcançar a neutralidade carbónica até 2050. Para cumprir estes objetivos, é essencial reforçar os mecanismos de monitorização ambiental e promover uma maior transparência ao longo de toda a cadeia logística marítima. A fiscalização eficaz e a integração de tecnologias de monitorização contínua podem acelerar a transição energética, tornando o setor mais resiliente e alinhado com as exigências da regulação internacional.

Com uma das maiores zonas económicas exclusivas da União Europeia e infraestruturas portuárias modernas, Portugal está bem posicionado para liderar esta transformação. A adoção de práticas rigorosas de responsabilidade ambiental, aliada a uma participação ativa na definição e cumprimento de normas ambientais exigentes, constitui um pilar estratégico para o desenvolvimento de uma economia azul mais limpa, circular e resiliente.

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