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Notícias

Por Ana Gonçalves

Tendências de concentração no transporte e logística: Eficiência ou perda de identidade?

 Nos últimos anos, o setor dos transportes e logística tem assistido uma crescente concentração empresarial por meio de aquisições e fusões. Este fenómeno é impulsionado por dinâmicas de mercado que exigem eficiência e escalabilidade, mas também levanta questões sobre o impacto na inovação, personalização do serviço e na sobrevivência das pequenas e médias empresas (PMEs).

A globalização e os avanços tecnológicos têm forçado o setor a adaptar-se rapidamente. Os clientes exigem soluções cada vez mais rápidas, competitivas e sustentáveis, desde ajustes rápidos de capacidade em momentos de pico até informação em tempo real de todos os eventos da sua cadeia logística.

Para responder a estas expetativas, as empresas com capacidade financeira procuram ganhar escala através de aquisições, otimizando recursos e aumentando a sua capacidade. Um bom exemplo desta estratégia é a DSV, que cresce por aquisição desde os anos 80 e está prestes a adquirir a DB Schenker. No entanto, a consolidação do setor traz desafios, como redefinir a proposta de valor, preservar a cultura organizacional e gerir as mudanças nos recursos humanos.

Um debate recorrente é se a consolidação reduz a inovação ao limitar as soluções no mercado ou se promove investimentos mais robustos em infraestrutura e tecnologia. Enquanto as multinacionais têm a capacidade de implementar soluções em larga escala, as PMEs são em regra mais ágeis para inovar em nichos de mercado.

 Noutra perspetiva, a consolidação traz ganhos evidentes de eficiência operacional. Contudo, a padronização de processos, essencial em grandes estruturas, muitas vezes deixa para trás as necessidades específicas de determinados clientes. É essencial encontrar um ponto de equilíbrio entre eficiência e a manutenção de serviços personalizados.

A gestão de interrupções na cadeia de abastecimento é outro fator em que as grandes empresas têm vantagem pela sua escala global. No entanto, as PMEs demonstram que é possível manter resiliência através de um profundo conhecimento local, relações de proximidade com fornecedores, e uma maior agilidade na tomada de decisões.

Para muitas PMEs, a consolidação do setor representa um desafio existencial. A competição com grandes multinacionais obriga a uma redefinição de estratégias. Por outro lado, as PMEs com propostas de valor diferenciadas ou que conseguem identificar nichos de mercado podem prosperar. A especialização em serviços únicos ou complexos é uma oportunidade para as PMEs permanecerem relevantes.

Em suma, a concentração no setor dos transportes e logística é uma tendência inevitável, mas não precisa de ser um sinónimo de perda de identidade. A chave está em encontrar um equilíbrio entre eficiência, inovação e personalização, mantendo um foco claro nas necessidades dos clientes e na proposta de valor.

Por Ana Gonçalves, Business Director da Euroatla

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