Portos de Portugal
Viagem ao Centro do Mundo

Porto de Viana do Castelo,
Alberga o maior estaleiro do País

Porto de Leixões
Referência na Região Norte do País

Porto de Aveiro
Uma solução Intermodal competitiva

Porto da Figueira da Foz
Promotor da Economia da Região Centro

Porto de Lisboa
Atlantic Meeting Point

Porto de Setúbal
Solução Ibérica na Região de Lisboa

Porto de Sines
Porta do Atlântico

Portos da Madeira
O Paraíso dos Cruzeiros

Portos dos Açores
A sua plataforma no Atlântico

Quem Somos

A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.

Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.



Newsletter

Clique aqui para se registar na newsletter.

Clique aqui para sair da newsletter.

Janela Única Logística



Notícias

12 mil carros, 111 comboios e duas horas de viagem a menos por dia

A maior estrada subaquática do planeta está em construção na Europa

 Há projetos de engenharia colossais um pouco por todo o planeta, mas dificilmente se encontra um semelhante ao que está actualmente em marcha no Mar Báltico.

Praticamente desde o início deste século, as autoridades alemãs e dinamarquesas decidiram avançar para um projecto de uma estrada submarina que faria ligação directa entre os dois países: após vários anos de incerteza, o megaprojeto está em andamento, embora não sem controvérsia.

A Fehmarn Fixed Link é a estrada que vai ligar a ilha dinamarquesa de Lolland com a ilha alemã do mesmo nome. Na verdade, faz parte de uma rota de transporte muito maior, a Scan-Med, que, como o próprio nome sugere, liga a Europa do sul à norte, ou seja, de Malta à Finlândia. Mas esse trecho final parece essencial porque, uma vez construído, poderá encurtar o percurso em 350 quilómetros.

A construção deste megaprojeto já começou, com data de conclusão prevista para 2029.

Mas como é construída a maior rodovia subaquática do mundo? A missão não é fácil, mas mais de metade do espaço que o novo túnel deverá ocupar já foi dragado, enquanto as secções por onde passará o tráfego rodoviário já estão ser construídos, embora em terra firme, para depois ser instalado no fundo do mar.

Mais de 2 mil trabalhadores estão a participar numa das obras mais importantes de todos os tempos na Europa: a linha subterrânea permitirá a passagem de veículos, mas também a circulação de trens, na ligação mais rápida possível entre e Alemanha e a Dinamarca, que vai resultar numa redução considerável e tempo e distância. No entanto, viajar 20 quilómetros sob o mar não é uma experiência que deva ser feita todos os dias.

O túnel por onde circularão veículos e comboios é composto por 90 trechos de betão selado, com 200 metros de comprimento e 42 metros de largura. Cada elemento possui dois tubos rodoviários, dois para o ferroviário e um de acesso. Serão construídos em solo firme e, uma vez verificada a sua impermeabilidade, serão instalados a uma profundidade de 30 metros. Depois, através de um sistema de bombeamento, a água é completamente removida da estrada.

'″Construímos as secções como uma peça. Normalmente constrói-se as fundações, depois as paredes e depois o topo, mas aqui construímos como uma peça para controlar qualquer stress que possa estar presente. É essencial evitar fendas e garantir que cada compartimento seja completamente estanque”, sublinhou Gerhard Cordes, diretor de construção de túneis.

Um túnel rápido, mas controverso

Quando estiver em operação, estima-se que 111 comboios e mais de 12 mil carros circularão diariamente, economizando 350 quilómetros de viagem e uma média de pouco mais de 2 horas. Mas o problema tem a ver com o fundo do mar.

Para instalar este túnel no fundo do mar, é necessário alterar a biodiversidade do Mar Báltico, já que será necessário eliminar um número significativo de recifes, o que fez com que as obras fossem adiadas até que fossem finalmente aprovadas. “A ecologia do Cinturão de Fehmarn é muito diversa. A turbulência no Cinturão de Fehmarn reduzirá o crescimento de macrófitas e plâncton e, claro, terá um impacto em toda a fauna e flora marinhas”, denunciou o ativista local Hendrick Kerlen à ‘B1M’. O objetivo é eliminar 0,05% dos recifes do planeta, algo para o qual a própria construtora ofereceu como solução a instalação de novos recifes cobrindo uma superfície maior em outra parte do Mar Báltico.

Estima-se que este megaprojeto custe cerca de 7,5 mil milhões de euros, valor que será coberto em grande parte pelas portagens que deverão ser pagas para utilizar o Fehmarn Fixed Link. Em menos de cinco anos ficará pronta a maior rodovia submarina do mundo e uma das maiores obras de engenharia da humanidade.

fonte