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Notícias

Por Nuria Martín

Transformação financeira: liderar a mudança na logística global

Num mundo em que a logística e os transportes globais enfrentam desafios sem precedentes, a função financeira evoluiu para se tornar um motor estratégico essencial para a resiliência e o crescimento do negócio. De acordo com um relatório da Gartner em 2022 para os CIO, “o novo normal é a disrupção”. É neste contexto marcado pela volatilidade, a globalização e a digitalização que as empresas de logística com presença em vários mercados têm, não só, de se adaptar a este desafio, como também liderar com agilidade, eficiência e visão. Perante estes desafios, a reinvenção da função financeira é elemento-chave para garantir um crescimento sustentável e reforçar a resiliência da empresa.

Na logística, onde cada segundo conta e as margens de erro são mínimas, a função financeira deixou de ser um mero vigilante dos custos, um garante da fiabilidade contabilística e um guardião da fiabilidade fiscal, para se tornar o pilar da empresa.

As finanças modernas devem refletir e apoiar as prioridades estratégicas de cada companhia. A evolução de uma gestão financeira descentralizada para um modelo globalmente integrado exige que os gestores financeiros assumam o papel de parceiros estratégicos indispensáveis ao crescimento sustentável.

A digitalização já não é apenas uma ferramenta de otimização, mas um facilitador crítico que permite às empresas reagir rápida e eficientemente em mercados cada vez mais competitivos. Atualmente, a tomada de decisões baseada em dados já não é uma opção, é agora imperativa para conduzir decisões estratégicas e gerar resultados tangíveis que conduzam o negócio para o futuro.

Apesar destes avanços, o sector da logística enfrenta desafios significativos. Muitas empresas ainda operam com visibilidade financeira limitada, sistemas fragmentados e uma elevada dependência de processos manuais e dados históricos, concentrando-se em explicar o que aconteceu em vez de prever e antecipar as mudanças do mercado.

Esta abordagem atrasa a tomada de decisões críticas, incentiva respostas reativas e reduz a competitividade e a capacidade de crescimento nos mercados em constante mutação.

Neste novo paradigma, a função financeira já não é um mero observador do passado, mas um motor do futuro, atuando como motor e promotor da mudança. A transição dos papéis tradicionais para funções orientadas para o futuro, como o planeamento estratégico e o apoio às decisões de criação de valor reforçam a nossa posição como parceiros de negócio.

Ser um parceiro estratégico significa fornecer informações que influenciam diretamente as decisões críticas. A transformação financeira não é, portanto, um fim em si mesma, mas um fator de crescimento sustentável a longo prazo.

Esta mudança não é imediata ou direta. Requer decisões estratégicas, uma abordagem disciplinada e um alinhamento entre estrutura, cultura e tecnologia.

De acordo com a minha experiência, o sucesso depende de sucesso depende de três pilares fundamentais:

 

1º Liderança empenhada: essencial para garantir o total apoio da gestão sénior e a continuidade da mudança.

2.o Uma aposta no desenvolvimento e na atração de talentos, com equipas financeiras fortes, capacitadas e capazes de liderar a mudança.

3º Cultura colaborativa: uma adaptação cultural que elimina os silos, promove a inovação e favorece a integração global.

 

Quando a transformação financeira é implementada de forma estratégica, torna-se um catalisador para o crescimento e a resiliência do negócio. Não só, prepara as organizações para enfrentar os desafios imediatos, como também se posicionam como líderes num mercado em constante mudança.

O sucesso não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pela nossa capacidade de nos adaptarmos, inovarmos e liderarmos com um objetivo. A chave para uma transformação financeira bem sucedida reside na colaboração, no aproveitamento da tecnologia e numa visão estratégica clara.

Estamos preparados para liderar a mudança? A partir daqui, a resposta é um é um retumbante sim!

Nuria Martín, Diretora Financeira, DB Schenker Iberia

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