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Notícias
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Portugal na Segunda Guerra Mundial:
Uma «história por contar» no Museu de Marinha
Apesar de se assumir como um país neutral, Portugal salvou cerca de seis mil pessoas, durante a 2.ª Guerra Mundial. Uma história pouco conhecida, que o Museu de Marinha quer contar em 2025, mas o trabalho já começou.
Amândio de Sá era grumete num navio baleeiro, que estava no Oceano Índico, em 1942. Actualmente com mais de um século de vida, o antigo militar conta à Revista de Marinha como afastou os tubarões, enquanto retirava das águas, cadáveres e sobreviventes de um naufrágio.
A história é recordada pelo director do Museu de Marinha, Augusto Salgado, que convida quem tiver memórias e objectos da Segunda Guerra Mundial (GM), a partilhar esse legado.
O objectivo é recolher material para uma exposição sobre salvamentos marítimos, que, no próximo ano, assinalará os 80 anos do fim da Segunda Grande Guerra.
Augusto Salgado salienta que entre 1939 e 1945, os navios portugueses salvaram seis mil pessoas, de doze nacionalidades. No entanto, é "uma história por contar".
Numa altura em que Portugal ainda tinha colónias em África, a Marinha navegava em vários oceanos em guerra. Por isso, os navios portugueses foram "intervenientes nas operações de busca e salvamento", além de Lisboa ter servido de palco para trocas de prisioneiros e ponto de partida dos refugiados de guerra para outros destinos.
A História destaca a neutralidade de Portugal na 2.ª GM, mas "não é bem essa a verdade", afirma Augusto Salgado. O director do Museu de Marinha revela outro episódio que encontrou relatado num livro antigo: uma mulher que passou três semanas numa baleeira, depois do naufrágio ao largo dos Açores, e que foi resgatada já perto de Marrocos, com alguma influência de um embaixador argentino.
São "histórias humanas" que Augusto Salgado quer revelar a partir de testemunhos, diários, objectos e fotografias. "Tragam as histórias", porque "destroços e navios havia muitos", mas mais do que os objectos, o Museu de Marinha pretende deixar uma "pegada cultural" e um "sentido humano" na exposição. "Fomos uma Suíça, mas com uma diferença. Tínhamos o mar", destaca o responsável.
Este fim-de-semana, o Museu de Marinha terá um espaço reservado a quem quiser partilhar histórias da 2.ª GM, para contar uma "história diferente do que é ensinado na escola".
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Quem preferir, pode contactar o Museu através do e-mail mm.salvamentosww2@marinha.pt
A exposição "Salvando vidas do mar" estará patente em 2025, em data ainda a definir.