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Notícias
Evolução Logística: do paradigma do «just in time» ao «just now»
Ecos do evento 'Techlogistics 2024', realizado no Parque das Nações, mais especificamente na sede da Microsoft em Portugal: a mesa-redonda do evento contou com a intervenção de João Rocha, diretor de operações na empresa Santos e Vale, que analisou a importância da aposta na Digitalização na evolução dos negócios. Na retina fica a analogia: a digitalização é um comboio que não pode ser perdido.
«Fazer crescer o volume de negócios não seria possível sem a ajuda da tecnologia e da Digitalização. Fomos impelidos para digitalizar processos. Olhar para os processos manuais que a empresa tem, internamente, que requeriam muitos recursos e torná-los digitais, assim diminuindo a necessidade de recursos», começou por explicar João Rocha. «Encaramos a tecnologia como um comboio. Há um tempo atrás era a vapor, hoje em dia é super-rápida, um TGV. Não o podemos perder. É um comboio que temos de apanhar», vincou o responsável da Santos e Vale.
«Podemos estar na carruagem da frente, que requer muito investimento e conhecimento técnico, ou na carruagem de trás, que nos pode fazer perder algumas oportunidades de negócio. A verdade é que estamos a avançar, carruagem a carruagem», prosseguiu com a analogia, lembrando que os obstáculos dos clientes têm de ser o grande foco dos operadores logísticos. «Os desafios têm a ver com as necessidades que os clientes nos apresentam. Queremos que o cliente apenas fique focado com as vendas e o seu negócio. A Logística é uma preocupação nossa», disse.
Chegada a hora de estruturar processos mais eficientes, mais articulados e mais desmaterializados, uma empresa necessita de selecionar as opções que melhor se adaptam ao seu modelo de negócio e às necessidades dos seus parceiros e clientes. «Existem muitas soluções, avançadíssimas. A dificuldade é escolher e priorizar», salientou João Rocha. «Temos de perguntar: será que determinada solução se encaixa na minha empresa? Será que terei retorno na aquisição de determinada solução? Estamos dependentes dos nossos parceiros e das nossas prioridades internas».
Informação e visibilidade, em todos os ângulos do processo logístico, é atualmente uma exigência cada vez mais global. «Costumo dizer que, hoje em dia, já nem se trata do ‘just in time’ mas sim do ‘just now’. Toda a gente quer ter a informação agora. Saber o que está a acontecer no momento», vincou, deixando um alerta às empresas: «Os operadores logísticos (e não só) têm de se preparar para terem a informação sempre à disposição dos seus clientes. E isso custa dinheiro. Muitas das vezes não conseguimos refletir esse investimento no consumidor final, tendo que procurar formas de sermos mais eficientes para aumentarmos a rentabilidade e podermos continuar a investir nestes processos».