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Fenómeno inédito:

Corais em Cascais e Sines estão a «absorver» plásticos

Há corais em Cascais e Sines que estão a incorporar redes e fios de pesca no esqueleto. Algo que nunca foi descrito a nível mundial até agora. Os investigadores estão a estudar as consequências deste fenómeno.

São laranjas e brancos. Habitam as águas frias da costa portuguesa e podem chegar a um metro de comprimento. Chamam-se Dendrophyllia Ramea e os pescadores garantem que cheiram a anis. Os mergulhadores começam a encontrá-los a partir dos 30 metros de profundidade.

Há dois anos, pescadores de Cascais entregaram aos investigadores do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente corais com redes incorporadas no próprio esqueleto. A professora Sónia Seixas estudou e descobriu que este fenómeno não está descrito em lado algum do mundo.

A investigação no mar junto a Cascais e Sines mostrou que seis por cento desta espécie de corais apresentam, então, fios e redes de pesca dentro da própria estrutura.

Ainda se desconhecem as consequências desta descoberta que foi agora publicada na revista cientifica Marine Pollution Bulletin pelos investigadores Sónia Seixas, João Parrinha, Pedro Gomes e Filipa Bessa.

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