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Notícias
APAT alerta para a incontornável necessidade da aposta na «Logística Preventiva»
O Presidente executivo da APAT, António Nabo Martins, analisou, para o 'Dinheiro Vivo', a instabilidade no Mar Vermelho, deixando um alerta a todas as empresas: é imperativo apostar na Logística Preventiva para poder dar uma resposta cabal.
A tensão que se vive no Mar Vermelho, na sequência dos conflitos militares que se acentuaram na reta final de 2023, continua a ser um grave entrave à logística global, uma vez que aquele acesso marítimo faz parte de uma das passagens mais utilizadas pelo transporte marítimo de mercadorias: o Canal do Suez. Os ataques dos rebeldes Huthis aos navios forçam a alterações nas rotas que custam muitos milhões e encarecem, não apenas o frete, como todos os elos da cadeia de abastecimento. A repercussão desta situação já se faz sentir.
«Há que ter sempre um plano B», avisa o presidente executivo da APAT
Em entrevista ao 'Dinheiro Vivo', o presidente executivo da APAT, António Nabo Martins, analisou o tema, deixando um alerta a todos os transitários: é imperativo apostar na Logística Preventiva para poder dar uma resposta cabal a este problema. «Há que ter sempre um plano B', comentou. A ligação por navio, da Ásia à Europa, que em condições normais demorava 30 a 40 dias, está agora de demorar 60. Este aumento, por si só, fez disparar os preços do frete marítimo contentorizado. «Há mais uma série de taxas que começam a ser aplicadas, o que também faz disparar os fretes, que, há pouco tempo, estavam abaixo dos mil dólares por contentor. Agora, em certos casos, encontram-se acima dos 5 mil dólares», explicou o presidente executivo da APAT. Por quanto mais tempo será sustentável esta situação?
Tensão no Mar Vermelho: prolongar do impasse pode gerar falta de navios
«Se a situação se prolongar no tempo, a voltar maior, feita pelo Cabo da Boa Esperança, vai acabar por originar falta de navios, o que se traduzirá, mais tarde ou mais cedo, em falta de contentores e de matérias-primas», declarou, lembrando que este «é o preço a pagar por se ter feito da Ásia a 'fábrica do mundo'». António Nabo Martins vincou que, apesar da crescente fama do termo nearshoring, e da intenção de mover a produção para mais perto do consumidor, «nem em 20 anos conseguiremos trazer toda essa indústria outra vez».