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Notícias
REPORTAGEM DO «EXPRESSO»
O último transatlântico
Ao longo de 183 anos, a Cunard construiu alguns dos navios de passageiros mais importantes da história. Este é o ágil, robusto e luxuoso “Queen Mary 2”, que agora comemora o seu 20.º aniversário. O termo navio de cruzeiro não lhe faz justiça é um puro-sangue.
O navio adornou ligeiramente a bombordo, endireitou--se, galgou uma vaga de cerca de 10 metros, atingiu a crista e inclinou o seu grande corpo para baixo. Por momentos pareceu ficar desenraizado da água, mas logo bateu com estrondo no fundo, esmagando a proa contra a besta. Depois atacou com determinação a onda seguinte e assim sucessivamente, a uma velocidade confortável e inimaginável para embarcações mais pequenas. Enquanto isso, no aconchego do sumptuoso interior decorado com tons vermelhos, dourados e azul-bebé, os passageiros desfrutavam de uma viagem tranquila. Como se nada se passasse lá fora.
O raivoso e espumante Atlântico Norte que rodeava o “Queen Mary 2” teria feito desviar outros na vios menos potentes, à procura de uma rota mais a sul para evitar um massacre, mas o transatlântico, com os seus 345 metros de comprimento e 149.215 toneladas, parecia desfrutar de cada onda desafiadora. Este é um cenário que o puro-sangue da Cunard enfrenta frequentemente durante as travessias invernosas entre Southampton e Manhattan, onde edifícios e pináculos familiares devoram o céu. Nenhum outro navio de passageiros é capaz de igualar tal desempenho.