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«Gil Eannes» de regresso à doca comercial

O antigo navio-hospital Gil Eannes regressa esta quinta-feira à doca comercial de Viana do Castelo depois de concluída a reparação do casco nos estaleiros da cidade, na empresa que o construiu em 1955.
Segundo fonte dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), a partida para o local onde o navio foi ancorado em 1998, como museu, está prevista para as 14:30.

O navio, resgatado de uma sucata pela sociedade de Viana do Castelo, deixou a doca da cidade a 19 de fevereiro para uma viagem de poucas centenas de metros até aos estaleiros.
A reparação no casco custou cerca de 75 mil euros e foi suportada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, tendo sido a primeira operação do género em quinze anos.

O navio foi alvo de trabalhos no casco como lavagem a alta pressão, decapagem e pintura, entretanto concluídos.
A reabilitação total do antigo navio-hospital de apoio à frota bacalhoeira nacional, agora gerido pela Fundação Gil Eannes, só deverá estar concluída no final deste ano.
A operação global custará 750 mil euros e permitirá a sua adaptação a porta de entrada do futuro Centro de Mar de Viana do Castelo.
"Vamos fazer a reabilitação de novos espaços para áreas museológicas e muita informação do tempo em que o navio operou nos mares do norte. Será um espaço muito importante de informação", explicou à agência Lusa o presidente da Fundação Gil Eannes.
Segundo José Maria Costa, a intervenção que se segue à reparação do casco vai ser realizada já com o navio na doca da cidade, retomando as visitas. Permitirá disponibilizar espaços que antes estavam fechados e que vão apresentar "a história e ligação de Viana do Castelo ao mar e à pesca do bacalhau".

Em 2014, todas as valências do navio deverão ter utilização, depois da recuperação de camarotes e porões que servirão para criar novos espaços expositivos, um centro de interpretação e documentação do mar e a zona de receção do futuro Centro de Mar.
O Gil Eannes foi um dos maiores cartões-de-visita dos ENVC, dada a complexidade tecnológica que representou para a empresa. Incorporou a bordo sistemas de ar condicionado, salas para a realização de cirurgias e até de radiografias, entre muitas outras valências inovadoras para a época, sobretudo médicas.
O navio desempenhou a missão de assistência médica aos pescadores da frota bacalhoeira portuguesa durante cerca de 20 anos.
Enquanto navio-museu já recebeu mais de 600 mil visitas.
 

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