Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
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MÚSICA DE PRAIA
«Summer Song», de Joe Satriani
A nossa sugestão de hoje vai para o virtuoso, para o mago guitarrista de rock instrumental Joe Satriani. "Summer Song", para os que preferem um Verão mais agitado.
MÚSICA DE PRAIA
O Mare e Tu
Agosto está à porta, mês de praia por excelência em Portugal. Pretexto, mero pretexto para ouvir o que se pode ouvir todo o ano. Sugerimos "O Mare e Tu", Andrea Bocelli e Dulce Pontes.
POEMAR
Fundo do Mar | Sophia de Mello Breyner Andresen
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
POEMAR
Vozes do Mar | Florbela Espanca
Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Barcos em garrafas
Há quem atribua esta arte aos marinheiros, mas a origem parece no entanto estar situada nos inícios do séc.XVI nas chamadas garrafas de paciência. Estas tinham motivos e cenas religiosas e não custará muito crer que, nas mãos de um marinheiro, que provavelmente já as conhecia, o interior da garrafa mudasse de tema.
Não se sabe quem começou a colocar barcos dentro de garrafas, nem quando isso aconteceu, mas uma garrafa, contendo um barco no seu interior, que contém informação sobre quando foi feita encontra-se no museu de Luebeck, na Alemanha, datada de 1784.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Mulheres à beira-mar
Confundindo os seus cabelos com os cabelos
do vento, têm o corpo feliz de ser tão seu e
tão denso em plena liberdade.
Lançam os braços pela praia fora e a brancura
dos seus pulsos penetra nas espumas.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Hora
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Navio naufragado
Vinha de um mundo
Sonoro, nítido e denso.
E agora o mar o guarda no seu fundo
Silencioso e suspenso.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Pirata
Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Deriva
Vi as águas os cabos vi as ilhas
E o longo baloiçar dos coqueirais
Vi lagunas azuis como safiras
Rápidas aves furtivos animais
Vi prodígios espantos maravilhas
Vi homens nus bailando nos areais
E ouvi o fundo som das suas falas
Que nenhum de nós entendeu mais