Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
Newsletter
Clique aqui para se registar na newsletter.
Clique aqui para sair da newsletter.
Notícias
![]() |
EM DIA DE ANIVERSÁRIO DO ROMANCE MOBY DICK
Herman Melville alvo de homenagem com google doodle
Herman Melville, escritor e ensaísta norte-americano, foi esta quinta-feira, 18 de Outubro de 2012, recordado com um doodle da google, modo original com que o motor de busca assinala efemérides. E a efeméride em causa é o 161.º aniversário do romance ‘Moby Dick’, que se assinala a 18 de outubro.
Herman Melville nasceu a 1 de agosto de 1819, em Nova Iorque, foi um poeta, escritor e ensaísta, cujao início de carreira, prometedor, lhe permitiu atingir alguma notoriedade. No entanto, Melville foi perdendo o seu espaço na literatura e a carreira entrou numa espiral de declínio.
Viria a morrer praticamente esquecido, muito antes de a sua grande obra – ‘Moby Dick’, obra lançada há precisamente 161 anos, efeméride assinalada com um google doodle neste dia 18 de outubro – ter conseguido arrebatar a crítica.
Apenas no século XX o romance de Herman Melville se tornou célebre. Originalmente, o livro, dividido em três volumes, chamava-se ‘A Baleia’, e não obteve uma boa reação dos leitores. Curiosamente, aquela que foi a grande obra de Melville começou por ser a razão do declínio do escritor.
O facto de ‘A Baleia’ ter desiludido a crítica marcou o percurso de Herman Melville na literatura. No entanto, hoje, ‘Moby Dick’ é um ícone da literatura mundial, realidade que o autor nunca imaginaria, depois de, há 161 anos, ter lançado o romance.
Hoje, um google doodle lembra ‘Moby Dick’, lembra o seu autor, Herman Melville, e suscita uma reflexão sobre o julgamento literário de uma obra, que em tempos diferentes gera reações contraditórias.
O doodle do motor de busca exibe uma baleia nos mares agitados, poderosa, perante a vulnerabilidade de uma embarcação, que simboliza precisamente as fraquezas do homem. Poderia simbolizar Herman Melville, que há 161 anos era um escritor num barco quase naufragado e hoje é uma poderosa ‘Moby Dick’.
Melville teve uma infância que o marcou para sempre. Teve escarlatina, doença que afetou permanentemente a visão. Mais tarde, em meados de 1830, muda-se com a família para Albany e frequenta a universidade local. dois anos mais tarde, perde o pai, o que obriga Herman Melville a ter de suportar uma família composta por oito crianças.
O autor de ‘Moby Dick’ trabalhou como bancário e professor, até que em 1839 sobe a bordo de um navio mercante, numa viagem até Liverpool. Estava fascinado pelos mares, sentimento reforçado com nova viagem, no baleeiro Acushnet, ao longo de todo o Oceano Pacífico, dois anos depois.
A embarcação chega às ilhas Marquesas, na Polinésia francesa, e Herman abandona-a, passando a viver com os nativos, por um período curto. Em 1841, embarca noutro baleeiro, participando num motim de tripulantes em protesto contra a falta de pagamento.
Herman Melville viria a ser preso, tal como todos os tripulantes, episódio que acaba descrito nas suas obras. No mesmo ano, embarcou no Charles & Henry, naquela que foi a sua derradeira viagem em baleeiros, regressando a Boston como marinheiro, em 1844.
Os livros que lançou onde narra estes heróicos feitos são reconhecidos pela crítica. ‘Mardi’, o seu terceiro livro, narra a aventura polinésia, num misto da realidade e imaginação de Herman Melville. Mas o público não gostou do tom introspetivo do autor de ‘Moby Dick’.
Lança novos livros – ‘Redburn’, em 1849, e ‘White-Jacket, no ano seguinte, onde adota um tom melancólico. ‘Moby Dick’ é publicado em Londres, no ano de 1851. O fracasso de vendas levou o editor a recusar novos trabalhos, que se perderam.
E por isso ‘Moby Dick’ marca o declínio de Herman Melville, que viria a morrer em Nova Iorque, a 28 de setembro de 1891, quando contava 72 anos. Hoje, Herman é lembrado com um google doodle.
Artigos relacionados: