Quem Somos
A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
Pretende-se que a APP contribua para o desenvolvimento e modernização do Sistema Portuário Nacional, assumindo uma função que esteve subjacente à sua criação: constituir-se como um espaço privilegiado de reflexão e de decisão.
Newsletter
Clique aqui para se registar na newsletter.
Clique aqui para sair da newsletter.
Notícias
![]() |
Do Titanic ao Lusitânia
Entre a Invencível Armada, no final do século XVI, e o Insubmergível Titanic, no início do século XX, há um intervalo de 324 anos. Digamos que é um período de tempo muito grande para se guardarem as lições de história. Mas, entre o naufrágio do Titanic, a 15 de Abril de 1912, e o naufrágio do Lusitânia, em 7 de Maio de 1915, há um intervalo de apenas 3 anos e 3 semanas. Não obstante, a história do Lusitânia é muito parecida com a história do Titanic. A única diferença é que este último atravessou o Atlântico, da Inglaterra em direção aos Estados Unidos e o primeiro, dos Estados Unidos em direção à Inglaterra. Outra diferença é que o Titanic afundou às 2h20 da madrugada e o Lusitânia, às 2hl0 da tarde.
No dia lº de Maio de 1915, o mais rápido e maior vapor depois do afundamento do Titanic, o Lusitânia, verdadeiro hotel de luxo flutuante, zarpou de Nova York para Liverpool, na costa oeste da Inglaterra. A Primeira Guerra Mundial já tinha começado e os submarinos alemães mostravam o seu poderio e a sua determinação de afundar os navios ingleses e aliados que se aproximassem da Europa. A própria embaixada alemã fez publicar em vários jornais americanos um anúncio sobre este risco.
Mas a tripulação e os passageiros do Lusitânia não se deixaram intimidar e saíram para mais um divertido cruzeiro pelo Atlântico. As notícias, no entanto, davam conta de que o navio tanque Gulflight fora torpedeado no dia 1o, uma velha escuna, no dia 4, o navio de passageiros Candidate (a caminho de Jamaica) e o Centurion (a caminho da África do Sul), no dia 6. E, na semana anterior, 23 navios mercantes tinham sido afundados pelos 15 submarinos alemães em torno das Ilhas Britânicas.
No dia 7 de maio, sexta-feira, pouco depois do meio-dia, o Lusitânia já estava defronte da Irlanda e o Capitão Turner, com incontida satisfação, avistou o promontório Old Head of Kinsale, ao sul daquela Ilha. Bastava, agora, atravessar o Canal de São Jorge e entrar no mar da Irlanda, navegar mais um pouco para o leste e atracar em Liverpool.
Mas, apesar de tão perto, às 2hl0 da tarde, a tragédia que se temia e na qual ninguém queria pensar, tornou-se dura realidade. O submarino U-20, sob o comando do Capitão-Tenente Schwieger, o mesmo que havia torpedeado o Gulflight, a escuna, o Candidate e o Centurion, com um único torpedo, fez o Lusitânia mergulhar de proa e desaparecer dentro de 18 minutos, provocando a morte de 1.198 passageiros e tripulantes e levando os Estados Unidos da América a entrar na guerra. No momento do desastre, a distância entre o navio e a costa era apenas de 10 milhas (cerca de 18 quilômetros), o mar já não era tão profundo e o Lusitânia já tinha percorrido mais de 5.000 quilômetros. Enquanto o navio de 32.000 toneladas ia para o fundo do mar, era possível ouvir a gritaria das mulheres, o choro das crianças, as blasfêmias dos marujos e o canto desafinado de três jovens irlandeses que entoavam o hino "There is a green hill far away".
VISITE OS RECURSOS DA APLOP (ASSOCIAÇÃO DOS PORTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA), NA WEB
Artigos relacionados: