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POR RICARDO PAULO
Contra os canhões, exportar, exportar!
Todos os portugueses interiorizaram a necessidade absoluta da economia portuguesa aumentar as exportações como solução para sair da actual crise. A procura de novos mercados pelas empresas nacionais visando contrariar a dependência dos mercados europeus faz dos portos uma das personagens principais no sucesso deste desígnio nacional.
Ultimamente, são muitas as vozes que lançam dúvidas sobre se os portos estão ou não preparados para responder às exigências que este novo cenário lhes coloca; conseguirão os portos integrar-se definitivamente na cadeia logística, tornando-se uma mais-valia nas exportações nacionais?
Permitam-me o despudor de afirmar que não me cabe a mínima dúvida que sim. Relembro que os portos há mais de uma década iniciaram um processo de reestruturação que hoje os aproxima muito mais de um modelo de gestão de características privadas. De acordo com o Relatório da Direcção-Geral de Tesouro e Finanças, a receita das Administrações Portuárias e o universo das concessões portuárias gerou, no ano de 2010, rendas no montante de 58,6 milhões de euros. No total, o sector portuário apresentou, em 2010, lucros de 16,8 milhões de euros, dos quais entregou ao Estado 13,8 milhões de dividendos.
Como se não bastasse, há anos que os portos são núcleos exportadores. Na operação portuária, empresas portuguesas estão presentes em Espanha, Peru, Uruguai, entre outros; nos sistemas de informação, a JUP e alguns dos ERP codesenvolvidos pelos portos foram exportados para Angola e existem perspectivas de o ser para outros países de língua oficial portuguesa; agentes de navegação nacionais, alguns com mais de 150 anos de história, estão hoje presentes numa série de mercados externos; na formação, os portos são um magnífico exemplo de exportação de conhecimento. E poderia continuar…
São muitos os exemplos de casos de sucesso nos portos nacionais que resultaram em exportações; se há sector que se tem adaptado com sucesso às condições económicas adversas é, sem dúvida alguma, o portuário! Ainda assim, leia-se o acordo com a troika (ver pontos 5.24 a 5.27) para se perceber que, de todo o modo, há trabalho de casa a fazer. Mas os exemplos da obra realizada até aqui permitem olhar o futuro com confiança.
Concluindo: apesar das provas dadas e dos resultados apresentados, os portos e as suas comunidades não irão com certeza ficar parados. A sua função é servir a economia e, mais uma vez, estes saberão demonstrar a sua capacidade de responder às difíceis exigências do mercado, continuando assim a cumprir o seu papel estratégico de promotores das exportações nacionais.
POR RICARDO PAULO
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