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Oceana identifica mais de 100 espécies marinhas na montanha submarina de Gorringe (Portugal)

A Oceana identificou mais de 100 espécies marinhas diferentes na montanha submarina de Gorringe, depois de levar a cabo uma expedição científica no Atlântico português ao longo destas últimas semanas com o apoio da Foundation for the Third Millenium. Além de importantes bosques de kelps, a organização internacional de conservação marinha documentou campos de esponjas de profundidade, bosques de coral negro, extensos leitos de ostras, e mais de 100 espécies diferentes entre as quais se encontram golfinhos pintados e baleias como o rorqual, pennatularias, bruxas e peixes como o olho-de-vidro, apara-lápis, moreias e safios.

Estes achados reflectem a grande biodiversidade marinha e a riqueza da zona, o que, segundo a Oceana, justifica a introdução desta montanha submarina na Rede Natura 2000, a mais importante da Europa. “O banco de Gorringe é um lugar impressionante. A base da montanha assenta sobre um fundo de 5000 metros, mas a sua superfície chega só a 30 metros. Isto permite que se desenvolvam campos de laminarias até 80 metros de profundidade, o que não acontece noutras zonas e que explicaria a alta produtividade da zona”, afirma o Director de Investigação da Oceana Europa, Ricardo Aguilar.

Ao longo da expedição, uma equipa de especialistas e cientistas marinhos realizou imersões com mergulhadores equipados com máquinas fotográficas e câmaras de vídeo submarinas e imersões com um robot submarino (ROV) para gravar, em alta resolução, os fundos localizados até 600 metros de profundidade e analisar as amostras obtidas.


Através da difusão destes resultados preliminares, a Oceana pretende colaborar com o governo português oferecendo nova informação científica de lugares sem explorar que permita identificar aquelas zonas de grande interesse pelas espécies e hábitats que acolhem e que, portanto, deveriam ser protegidas para cumprir a legislação europeia e os diferentes compromissos internacionais assumidos por Portugal.

Apesar de já terem passado 19 anos desde que a Directiva Hábitats foi aprovada, actualmente só 0,1% da superfície marinha portuguesa forma parte da Rede Natura 2000, situando Portugal como o país da União Europeia com a menor percentagem de superfície designada para formar parte desta rede. Nos seminários de avaliação que a Comissão Europeia levou a cabo durante 2009 e 2010, a Comissão qualificou a rede de AMP portuguesa, tanto em águas macaronésicas como peninsulares, como insuficiente, o que obriga o país a criar novas AMP de forma urgente.

Diversos organismos internacionais, como a Convenção para a Protecção do Meio Ambiente Marinho do Atlântico do Nordeste (OSPAR), assim como a comunidade científica em geral, consideram as montanhas submarinas como lugares prioritários pela grande biodiversidade que acolhem. Portugal é o país que tem mais superfície marinha da União Europeia e o que tem mais montanhas submarinas no seu território, pelo que a sua responsabilidade na protecção destes ecossistemas é indiscutível.


Cooperação internacional

Para o desenvolvimento desta expedição, a Oceana contou com o apoio de cientistas da Universidade do Algarve e do organismo interministerial Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM) que auxiliaram a equipa no desenho da expedição em águas portuguesas e colaboraram na identificação de espécies e recolha de dados.

A cientista marinha da Oceana, Ana de la Torriente, declara que “A colaboração entre cientistas de ambos os países foi muito enriquecedora e fundamental para levar a expedição a cabo. Desde que desembarcámos, continuámos em contacto contínuo, trabalhando na análise conjunta dos dados, o que nos permitirá fazer propostas concretas de protecção baseadas nos dados científicos. Esperamos desta forma poder colaborar para inverter a situação nas águas portuguesas e avançar em matéria de conservação marinha”.

A Oceana documentou, pela primeira vez, os fundos submarinos em águas portuguesas em 2005, quando exploraram, além de um dos cumes de Gorringe, o Gettysburg, os fundos dos arredores dos Açores, concretamente na ilha do Faial e no Banco João de Castro. Para completar a informação obtida em águas portuguesas, a organização internacional também realizou inúmeras imersões frente à costa do Algarve, no sul do País.

FONTE: ciencia.pt.net







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