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ERA UM ESTRIDENTE E INCOMODATIVO SINAL SONORO, DO TIPO «MUUUUU MUUUU»
A «Vaca da Azóia»
Antes de ser construído o Farol do Cabo da Roca, em 1772, a costa portuguesa era muito pouco iluminada e segura, sendo até chamada pelos navegadores estrangeiros como a “Costa Negra”. Eram frequentes os ataques de piratas do Norte de África, assim como os naufrágios de navios contra as perigosas arribas do Cabo. Sabe-se, inclusivamente, que habitantes da região atraiam e enganavam os navios com fogueiras e, após o naufrágio, saqueavam os despojos que davam à costa. No fundo, eram piratas terrestres.
O Farol da Roca, situado a cerca de 140 metros de altura e já a caminho dos 240 anos de vida, passou a garantir maior segurança na entrada do Tejo. É constituído por uma torre quadrangular, forrada de azulejos, com 22 metros e diversos anexos que servem de habitação aos faroleiros (um dos nossos alunos é filho do actual faroleiro).
Para muitos que nunca a ouviram, resta relembrar a “Ronca do Farol” ou também chamada “Vaca da Azóia”. Era um estridente e incomodativo sinal sonoro, do tipo “Muuuuu…Muuuuu…”, que tocava ininterruptamente em altura de nevoeiro, de forma a avisar os navios da proximidade da costa e podia ser ouvido a largos quilómetros de distância. Felizmente, com a utilização das novas tecnologias de navegação, já não é necessário usar a “Vaca”.
"O farol da Roca teve o primeiro acendimento em 1771 segundo uma publicação da Repartição de Farois, editada em 1921, e a sua altura em relação ao nível do médio das águas do mar é de 162m, só perdendo a primazia em altura, relativamente ao farol do cabo Espichel, perto de Sesimbra, que tem 165m.
-Julgo que a sereia de nevoeiro foi instalada em 1896.
Assim, quando o nevoeiro impedia a visibilidade, emitia a espaços regulares uma emissão de 15 segundos em cada minuto um rugido cavo e roufenho, audível mesmo de longe.
E logo a população saloia comentava: lá está a vaca da Azóia! "
António Caruna
“Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares 1890-1990
Cem anos fazendo o bem”
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