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POR FERREIRA FERNANDES
Em vez de atum pesquem bidões
Como já se sabe, nem tudo que vem à rede é peixe. E ainda vamos saber mais: a Comissão Europeia propôs aos pescadores capturarem plástico. Os mares e os oceanos têm cada vez menos peixe, os pescadores têm menos que pescar - e a comissária de Pesca da União Europeia, a grega Maria Damanaki, inspirou-se em Maria Antonieta. "Não têm pão? Comam brioches", diz-se que disse a rainha.
"Em vez de peixe, pesquem plástico", disse Damanaki, propondo um rendimento adicional aos pescadores. Ontem, o jornal espanhol El País noticiava que em França já se paga 0,375 euro por quilo de plástico pescado. Menos, é certo, que os 1,5 euro que na lota portuguesa se paga em média pelo quilo pescado com escamas e guelras, mas arredonda o mês de trabalhadores subaproveitados.
Na verdade, há tantas redes perdidas no mar, gaiolas, bóias e bidões de gasóleo, e tão pouco de cherne e corvina, que esta isca lançada aos pescadores talvez não seja de atirar ao mar. Mas se limpar os oceanos da sujeira é um bom propósito, tudo isto parece uma repetição do que já aconteceu aos agricultores. Estes foram pagos para largar a enxada.
Aos pescadores, cita-se Lao Tsé (modernizado): "Se deres um peixe a um faminto, dás-lhe de comer por um dia. Se ensinares um pescador a apanhar plástico, talvez se consiga embrulhar os seus protestos toda a vida."