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Notícias
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Em Ovar, Hélder Ventura vive a paixão pelo restauro de barcos de madeira
É difícil perceber o exacto momento em que Hélder Ventura começa a enamorar-se pelos barcos de recreio em madeira. Sendo natural de Válega, freguesia do município de Ovar plantada de frente para a ria de Aveiro, desde tenra idade que começou a fixar o olhar nas embarcações que iam cruzando a laguna. Já crescido, foi estudar Oceanografia para os Estados Unidos da América e deixou-se contagiar pela atenção que no outro lado do Atlântico já iam dando à recuperação do património náutico de madeira. O verdadeiro clique, acredita, aconteceu no dia em que comprou um veleiro usado e constatou que “entrava água por todos os lados”. Pesquisou, estudou e pôs mãos à obra. E nunca mais parou, acompanhado de mais uns quantos entusiastas dos barcos de recreio em madeira, associados da Cenário - Centro Náutico da Ria de Ovar.
Hélder Ventura faz questão de nos receber no armazém que serve de sede, e simultaneamente de estaleiro, à associação a que preside. Estamos em Válega, no cais do Puchadouro, outrora importante ponto de saída de mercadorias - produtos agrícolas, pecuários e também o caulino que servia a famosa fábrica da Vista Alegre. Entre os vários barcos que se encontram guardados dentro daquelas quatro paredes - alguns estão a ser alvo de trabalhos de restauro -, há um que nos merece especial atenção. Nada mais que um pequeno veleiro, da classe Andorinha, considerado “um dos históricos da vela desportiva em Portugal”. “Foi o primeiro barco que comprei”, repara o presidente da Cenário. “É um barco muito interessante, que foi desenhado no Sul de França”, elogia, recordando o dia em que colocou, pela primeira vez, o seu barco na água. “Quase foi ao fundo. Entrava água por todos os lados”, relata, a propósito do momento em que foi forçado a entrar no mundo da recuperação de barcos de madeira.
Formado em Arquitectura já depois de ter estado a estudar Oceanografia em Newport, na Universidade de Rhode Island, Hélder Ventura teve que buscar conhecimento “num estaleiro em Pardilhó, que trabalhava com barcos de recreio”. “É um mundo diferente dos barcos tradicionais. São ambos barcos e de madeira, mas o processo é completamente diferente”, repara.