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Relatório da ONU sobre oceanos tem dedo luso
A professora Maria João Bebianno foi a única portuguesa a integrar um grupo de 25 peritos nomeados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para elaborarem o segundo relatório do estado dos oceanos. O documento demorou quatro anos a preparar e foi aprovado no final de 2020. Identifica problemas, soluções e deverá contribuir para que sejam alcançados os objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda 2030 da ONU.
De acordo com Maria João Bebianno, que se focou na questão da contaminação, há "uma grande preocupação mundial com a o^iminui- ção da qualidade dos oceanos", que cobrem 70% do planeta e correspondem a 95% da biosfera. Qualquer alteração que neles é produzida, diz, "tem influência no clima, na vida na terra e nos ecossistemas marinhos".
Os oceanos, lamenta, estão "a atravessar problemas muito sérios, relacionados com sobrepescas, alterações climáticas, agressões humanas e falta de conhecimento" e está a chegar a um ponto em que a degradação poderá ser "irreversível".
Entre as muitas agressões que urge travar estão os plásticos, que "têm tido mediatismo", mas há muitos outros problemas. É o caso de "fármacos e produtos de higiene pessoal, que não são tratados nos efluentes urbanos e vão parar ao mar", provocando sérios impactos negativos.
Os oceanos encerram também muitas oportunidades, assegura a professora. "Conhece-se muito pouco. Está a ser detetada uma espécie nova cada semana. Há zonas completamente desconhecidas e há muito a fazer para melhorar o conhecimento".
No seguimento do primeiro relatório, refere Maria João Bebianno, foram criadas "áreas marinhas protegidas, que já correspondem a oito por cento da parte dos oceanos sobre jurisdição dos diferentes países". A iniciativa, assegura, está a provocar alguns "resultados positivos".
Espera-se que este segundo documento, que ao longo de 900 páginas analisa questões diversas como a alimentação, segurança, novos produtos, energia renováveis e exploração de recursos marinhos, também ajude os decisores a tomarem medidas que protejam os oceanos e incentivem a economia azul.
A resolução dos problemas, alerta a professora, "exige um esforço internacional concertado, pois os oceanos não têm fronteiras".
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