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Notícias
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Os caçadores de tesouros do fundo do mar
Dois submarinos holandeses naufragados durante da II Guerra Mundial desapareceram dos mares da China Meridional. Em Portugal, também há caçadores de tesouros marítimos que pilham, sobretudo, ouro, prata e porcelana chinesa
Na costa portuguesa estão contabilizados seis mil navios naufragados e, destes, 320 têm, de certeza, tesouros. Alexandre Monteiro, arqueólogo subaquático, é o homem por detrás desta contabilidade e convicção.
Há 20 anos a lutar contra os caça tesouros que pilham os navios afundados, o, também, investigador da Universidade Nova de Lisboa com projetos arqueológicos em vários cantos do mundo, listou estas relíquias e secularizou-as: “deste o ano 1 500 até agora”.
Os que estão afundados ao largo dos Açores, Berlengas e cabo de São Vicente são os que mais interessam aos “caçadores de tesouros por terem a mercadoria mais importante”, ouro, prata e porcelana chinesa. Alexandre refere que hoje em dia já não há tantos roubos porque o que “interessava já foi tirado”. Mas há, ainda, muitos navios ainda por descobrir. “Em frente à Comporta há um que tem 22 toneladas de ouro dentro, está debaixo da areia – o que acontece quando se afundam por causa de grandes tempestades – mas ainda não foi feita a localização exata.”
Quando se fala de caçadores de tesouros e de arqueólogos subaquáticos é de antípodas que se trata. Enquanto um caçador tem como único intuito o lucro que pode obter, uma visão mercantilista, o arqueólogo estuda, através dos achados, as sociedades de então. É como se, ilustra o investigador, num cenário de crime, o “caçador tirasse a aliança da vítima só para a derreter” e fazer dinheiro com o ouro enquanto o arqueólogo iria ter o papel de polícia, “olhando para a aliança à procura de marcas que pudessem ajudar a identificar a pessoa”.
Os “piratas” subaquáticos de hoje são empresas. Grandes empresas que contratam mão de obra barata para saquear navios afundados.