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A APP – Associação dos Portos de Portugal é uma Associação sem fins lucrativos constituída em 1991, com o objectivo de ser o fórum de debate e troca de informações de matérias de interesse comum para os portos e para o transporte marítimo.
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Notícias
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900 KMS ESCRUTINADOS PELA CAMPANHA DE OCEANOGRAFIA GEOLÓGICA M162
Investigação da Falha GLORIA, no Nordeste Atlântico
Decorreu de 5 de março a 5 de abril a campanha de oceanografia geológica M162 a bordo do navio oceanográfico alemão "Meteor". O objetivo deste projeto é “explorar a desidratação mineral e os fluxos de fluidos subterrâneos ao longo da Falha GLORIA, que constitui o limite de placas litosféricas entre a África e a Eurásia”.
As grandes fraturas na litosfera (a zona rígida externa da Terra onde vivemos) podem gerar grandes sismos e tsunamis. Para nos prepararmos para estas grandes catástrofes é necessário conhecer os objectos geradores e monitorizá-los. Um pouco à semelhança do que se passa com a epidemia COVID-19 que agora vivemos: todos os dias queremos saber a sua evolução para sabermos como atuar. Como escreveu Robertson Davies, “o olho apenas vê o que a mente está preparada para compreender” (Davies, 1951).
Os fluidos (água quente e magma) transportam matéria e calor no interior da Terra, podendo assim causar aquecimento ou arrefecimento e facilitar reacções químicas, transformando assim as rochas pré-existentes. A transformação das rochas implica a mudança do seu comportamento e, por isso, o modo como reagem às forças que as afetam (figura 1). Compreendendo, mapeando estas alterações poder-se-á monitorizar as falhas sismogénicas e tsunamigénicas de modo a poder mitigar-se a sismicidade maior.
A Falha GLORIA tem 900 km e é uma das três partes da conhecida Zona de Fratura Açores-Gibraltar (ZFAG) que é o limite entre as placas litosféricas, África e Eurásia, no Oceano Atlântico. As outras duas são o rifte da Terceira nos Açores com ~600 km e a Falha SWIM no sudoeste da Península Ibérica com ~700 km.