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Notícias
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Estivadores vão prolongar greve
A greve dos estivadores, que começa a 27 de Janeiro, foi prolongada até 10 de Fevereiro, anunciou o sindicato do sector.
Os trabalhadores vão parar totalmente no primeiro turno das 8h00 às 17h00, entre 3 e 10 Fevereiro. No dia 4 Fevereiro, param também duas horas em Setúbal e duas horas na Figueira da Foz, no âmbito de um protesto europeu, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, António Mariano.
O Sindicato já tinha marcado no Porto de Lisboa uma paralisação, entre 27 de Janeiro e 3 de Fevereiro, "se forem introduzidos trabalhadores estranhos" ao serviço.
Os estivadores protestam contra o recurso a novos trabalhadores, que o sindicato considera que põe em causa os actuais estivadores, sobretudo depois de 47 terem sido despedidos em 2013.
No pré-aviso de greve, o sindicato advoga que as empresas de trabalho portuário estão a "habilitar profissionalmente outra mão-de-obra desnecessária ao sector", para substituir os actuais trabalhadores portuários por outros a contratar com condições laborais inferiores.
As três associações de operadores portuários já enviaram uma carta aberta ao Sindicato dos Estivadores. Mostram-se indignados com os pré-avisos de greve e surpreendidos com o facto de estes surgirem "em pleno decurso do processo negocial de revisão do contrato colectivo de trabalho, que se desenvolvia com toda a normalidade".
Os operadores dizem ainda que estas greves pretendem "defender o interesse de apenas alguns" e põem em causa "milhares de postos de trabalho". "Parece-nos de uma enorme irresponsabilidade que, estando próximos de um acordo sobre matérias fundamentais e prontos para a admissão, tenha essa direcção sindical decidido dinamitar novamente esse entendimento", referiram a A-ETPL - Associação--Empresa de Trabalho Portuário (ETP) Lisboa, a AOP - Associação Marítima e Portuária e a AOPL - Associação de Operadores do Porto de Lisboa.
Por fim, os operadores apelam à colaboração do sindicato para um "processo de diálogo social", reivindicando um "processo negocial de boa-fé com o firme propósito de resolver o que falta estabilizar".
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