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Virgem do Sameiro só tinha balsa há um mês

A embarcação Virgem do Sameiro tinha rádio VHF, o meio de comunicação mais usado em navegação próxima da costa e cujo alcance pode ir até cerca das 20 milhas. Mas a surpresa que o mar pregou aos seis pescadores «não deu tempo de comunicar» a situação de perigo, disse ao SOL o mestre do pesqueiro, José Manuel Coentrão.

Nos rádios mais modernos, como o que o mestre tinha pedido ao programa Segurança é Viver da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM), a chamada distress call já é automática. Se o barco já estivesse equipado com este rádio novo, bastaria carregar num botão. A jangada salva-vidas, paga pelo mesmo programa tinha, aliás, sido colocada no pesqueiro «há um mês».

Os donos das embarcações com menos de 15 metros de comprimento, como era o caso da Virgem do Sameiro (13,8 metros), não estão obrigados a ter balsas nem EPIRB (Emergency Position Indicating Radio Beacon) – os chamados radiobalizas –, mas José Manuel Coentrão tinha pedido estes equipamentos.

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